RS recebe primeiro lote de vacinas contra a mpox
Chegou ao Rio Grande do Sul o primeiro lote de vacinas contra a mpox, novo
nome dado à doença antes conhecida como varíola dos macacos. Segundo a SES (Secretaria
Estadual da Saúde), serão recebidas, ao todo, 1.388 doses e a aplicação irá ocorrer em duas etapas
com intervalo de 30 dias.
Inicialmente, o público alvo são pessoas com HIV/Aids, grupos vulneráveis à pré e pós exposição ao
vírus monkeypox. Do total de vacinas disponíveis, 1.360 serão usadas na aplicação da primeira e da
segunda dose em 680 homens cisgêneros, travestis e mulheres transexuais a partir de 18 anos e
que tenham contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses.
O restante de doses serão utilizadas em pessoas que tiveram contato direto com fluidos e
secreções de casos suspeitos, prováveis ou confirmados para monkeypox, cuja exposição foi
classificada como de alto ou médio risco.
A data para início da aplicação do imunizante ainda será definida, diz a SES. As vacinas tem
validade até 2025.
O Ministério da Saúde vai distribuir ainda cerca de 46 mil doses através do Programa Nacional de
Imunizações. A liberação por parte da pasta ocorre de acordo com determinação da Anvisa
(Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
A mpox
Segundo o Ministério da Saúde, o mpox vírus é um Orthopoxvírus que causa doença semelhante à
varíola, mas com gravidade menor. Por ter sido inicialmente identificada em colônias de macacos,
ainda em meados do século XX, ela recebeu o nome de “varíola dos macacos”.
No entanto, o recente surto identificado ao redor do mundo não tem relação com o primata, mas
sim com a transmissão entre pessoas. Devido a este fato, em 2022, a Organização Mundial da
Saúde, abriu consulta pública para buscar um novo nome. Entre os objetivos da mudança, estava
enfrentar o estigma e próprio racismo em torno da antiga nomenclatura.
Em muitos casos identificados nos últimos tempos, a mpox tem se apresentado através de uma
lesão única na região genital ou oral, no local onde se deu o contato com o vírus. A lesão começa
com uma bolha e depois se transforma em uma crosta. Além deste quadro, a pessoa pode
apresentar cansaço, febre, íngua e dores no corpo.

