O presidente Luiz Inácio Lula da Silva publicou no X (antigo Twitter) pela primeira vez após a rede social voltar a operar no Brasil. Na publicação realizada no início da tarde desta quinta-feira (10), o chefe do Executivo escreveu: “Aqui é Brasil”.
O post do presidente não teve contexto. Na manhã desta quinta, Lula gravou vídeos para a campanha eleitoral de candidatos apoiados no segundo turno. O compromisso não constou na agenda oficial do presidente. Já o perfil oficial do Supremo Tribunal Federal (STF) também voltou a publicar na plataforma. Na primeira postagem após a volta, publicou uma longa mensagem sobre o processo de suspensão e retomada do X no Brasil.
“Para que qualquer empresa atue no Brasil, precisa cumprir leis e respeitar a Constituição. A rede social X descumpriu determinações e decisões judiciais, por isso foi suspensa e precisou se adequar à legislação para voltar a operar aqui”, diz um trecho da mensagem, publicada na noite de quarta (9).
Ministros de Lula também voltaram a usar o X para divulgar agendas e até fazer campanha. O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, usou a rede social para falar sobre a disputa eleitoral em São Paulo. Já o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, publicou na plataforma para divulgar ações da pasta.
Deputados e senadores também publicaram na rede social. O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT), usou o X para falar sobre iniciativas do Executivo. Já o senador Flávio Bolsonaro (PL) fez críticas ao presidente Lula.
Bloqueio do X
O X teve que pagar R$ 28,6 milhões em multas e cumprir todas as ordens do STF para voltar a operar no País. A rede social ficou fora do ar por 39 dias, desde 30 de agosto. A suspensão ocorreu depois de descumprir decisões do Supremo e retirar sua representação legal no Brasil.
Em 1º de outubro, a empresa informou que pagaria todas as multas impostas pelo Supremo. Para isso, pediu que suas contas bancárias fossem desbloqueadas pelo Banco Central. O pagamento das multas era uma das condições para o X voltar a operar no país.
A empresa já havia nomeado a advogada Rachel de Oliveira Villa Nova Conceição como representante legal no Brasil e cumprido decisões do STF de bloquear nove perfis na plataforma.
Agência Brasil