6 de dezembro de 2025
URNA ELETRONICA ELEITORAL

Depois de três semanas do 1º turno, milhões de brasileiros de 51 cidades — incluindo 15 capitais — voltaram às urnas ontem para votar para prefeito.

Milhões foram… mas muito milhões não foram. A abstenção foi de 29%, marcando a segunda maior taxa da história, perdendo apenas para a eleição na pandemia.

Dentre os 5.569 municípios do país, PSD e MDB foram as legendas que mais elegeram prefeitos no Brasil, além de também terem eleito o maior número de comandantes nas capitais — 5 para cada. Veja aqui um mapa interativo.

Vira, vira, virou: Ainda falando em capitais, 5 delas tiveram viradas eleitorais, ou seja, candidatos que terminaram o 1º turno na liderança não conseguiram se manter na primeira posição no 2º turno.

Fortaleza — que colocou PT e PL frente a frente — foi a disputa mais acirrada. O petista Evandro Leitão se elegeu com 50,38% dos votos, só 0,7% a mais do que André Fernandes. A diferença entre eles foi de 10,8 mil pessoas.

Giro pelas outras principais capitais:
🏙 São Paulo: Apoiado por Bolsonaro e Tarcísio, Nunes venceu em todas as zonas onde Marçal ganhou no 1º turno e se reelegeu prefeito da maior cidade brasileira com 59,35% dos votos — derrotando Boulos, que tinha Lula no palanque, e terminou com 40,65%.

A votação ficou marcada por uma acusação do Tarcísio de que teria informações sobre o PCC estar orientando voto em Boulos — que, por sua vez, foi à Justiça contra o governador e contra Nunes.

🧀 Belo Horizonte: O atual prefeito Fuad Noman conseguiu a reeleição com 53,73% dos votos. O candidato do PSD contou com o apoio de Lula e derrotou Bruno Engler, do PL, que foi apoiado por Bolsonaro e terminou com 46,27% dos votos.

🧉 Porto Alegre: Confirmando o favoritismo do 1º turno, Sebastião Melo se reelegeu com uma ampla vantagem contra a Maria do Rosário. Na contagem, o candidato do MDB teve 61,53% dos votos contra 38,47% da candidata petista.

🛶 Manaus: Marcando mais uma reeleição, David Almeida foi reeleito com 54,59% dos votos contra 45,41% de Capitão Alberto Neto na capital amazonense.

Reminder: Gostaríamos de passar pelos resultados de todos os municípios, mas acreditamos que a tecnologia do TSE faça essa função melhor que nossa equipe. É só clicar aqui e conferir todos os prefeitos eleitos.


E o que tudo isso significa?

Historicamente, as eleições municipais são uma boa prévia das eleições presidenciais de dois anos depois.

Considerando a principal cidade brasileira, a esquerda terá dificuldade para definir o sucessor de Lula depois da segunda derrota de Boulos entre os paulistanos. No outro campo, o apoio de Bolsonaro e Tarcísio se fez valioso.

Enquanto isso, a exemplo de Curitiba, Bolsonaro não pôde apoiar todos os seus candidatos preferidos, para preservar alianças feitas por Valdemar da Costa Neto, presidente do PL — o que mostra certa “saia justa” do ex-presidente.

Resumo da ópera: Desde 2016, as eleições municipais mostram uma tendência de inclinação do eleitorado à direita, mas que não impediu Lula de voltar à Presidência em 2022, que agora procura um novo líder enquanto Bolsonaro continua inelegível.

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