Concursos devem preencher quase 3 mil vagas em órgãos de segurança pública do RS

Brigada Militar (BM), Polícia Civil, Instituto-Geral de Perícias (IGP) e Corpo de Bombeiros Militar (CBM) terão um total de 2.774 vagas para preenchimento – mediante concurso – a partir de abril do ano que vem. O plano foi anunciado nessa terça-feira (5) pelo governo gaúcho, que estima um investimento superior a R$ 280 milhões na iniciativa.

Com os chamamentos, o Rio Grande do Sul deve alcançar seu maior efetivo das forças de segurança pública nos últimos dez anos. Os editais relativos a cada corporação (incluindo seus respectivos cronogramas) serão divulgados em breve pela Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPPG). Confira alguns números:

– Brigada Militar: 1.200 soldados e 150 oficiais.
– Corpo de Bombeiros Militar: 400 soldados.
– Polícia Civil: 720 agentes (escrivães e inspetores) e 30 delegados.
– Instituto-Geral de Perícias: 274 servidores (peritos criminais e legistas, técnicos em perícias e papiloscopistas).

De acordo com o governador Eduardo Leite, o incremento no efetivo da BM possibilitará maior sensação de segurança à população, ampliando a presença ostensiva dos policiais nas ruas já a partir de novembro de 2025.

Em relação à Polícia Civil (cujo último concurso foi realizado em 2019), o chefe do Executivo adiantou que o incremento se dará a partir de fevereiro de 2026: “A reposição permitirá melhor atendimento à população nas delegacias, maior elucidação de crimes e investigações qualificadas para combate a grupos criminosos, levando à prisão de líderes e à descapitalização desses grupos”.

Ele acrescentou: “A ampliação no quadro de servidores do IGP, a partir de abril de 2026, permitirá maior rapidez na elaboração de laudos periciais, acelerando o andamento de investigações e o atendimento nos serviços prestados diretamente aos cidadãos, como a confecção de carteiras de identidade.

Por fim, Leite detalhou que no Corpo de Bombeiros Militar o reforço a partir de outubro de 2025 permitirá que a corporação atenda maior número de ocorrências e aumente a capacidade de resposta em situações de emergência em todo o Estado.


Estratégia


No foco do processo seletivo está a continuidade a uma política de reposição programada dos efetivos das forças de segurança pública. Essa estratégia é adotada desde o início da primeira gestão de Eduardo Leite no Palácio Piratini (2019).

“Com chamamentos contínuos e gradativos de novos servidores, o Estado confere previsibilidade ao processo, tanto para os próprios aprovados quanto para as instituições, que conseguem manter uma programação responsável em relação ao contingente disponível e ao impacto dos custos de pessoal nas contas públicas”, ressalta o governador.

Ainda de acordo com Eduardo Leite, essa dinâmica facilita a preparação escalonada dos cursos de formação, com divisão em turmas, a fim de garantir a qualidade na inserção dos efetivos e evitar que, no futuro, um grande número de servidores complete ao mesmo tempo o período necessário de atividade para aposentadoria: “Assim, o ritmo de ingressos e saídas se mantém equilibrado, reduzindo o déficit histórico dos quadros das corporações”.




O Sul
(Marcello Campos)

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