Prefeito Leandro Balardin alerta para risco de colapso no FAPS sem aprovação de reformas
FAPS | Gestão afirma que esforço garantiu pagamento de mais de R$ 4,6 milhões referentes à folha de agosto, mas reforça necessidade urgente de mudanças
O prefeito de Cachoeira do Sul, Leandro Balardin, divulgou neste sábado (6) uma nota em que alerta para a gravidade da situação financeira do Fundo de Aposentadoria e Pensão do Servidor (FAPS). Segundo ele, mesmo com muito esforço, a Prefeitura conseguiu pagar R$ 4.631.178,66 referentes à parte patronal da folha de agosto, mas a continuidade desse compromisso está ameaçada.
Balardin destacou que, sem a reforma previdenciária em tramitação na Câmara de Vereadores, não há garantias de que o município conseguirá honrar as próximas folhas do FAPS. “Deixar tudo como está ou trocar 6 por meia dúzia cria a falsa sensação de resolução do problema. Sem reforma ampla, a previdência colapsará de vez”, afirmou.
O prefeito lembrou que o orçamento de 2025 já previa um déficit de R$ 66 milhões, valor reduzido para cerca de R$ 20 milhões após ajustes da gestão. Esse montante, segundo ele, corresponde a cinco folhas do pagamento patronal do FAPS. “Não pagar o fundo é aumentar ainda mais a dívida. Se a decisão for pagar apenas a previdência, quem mais vai sofrer serão os cidadãos, o próprio fundo e os servidores”, completou.
Balardin defendeu os projetos em análise no Legislativo, que, segundo ele, buscam amenizar a situação financeira e garantir a continuidade dos serviços básicos. O prefeito afirmou ainda que já dialogou com os vereadores e acordou flexibilizações nas propostas. “Relatei aos vereadores que a situação é grave, gravíssima. Eu cumpro a minha palavra, espero o mesmo deles. Só depois, não joguem na minha conta. Vou trabalhar com o que aprovarem ou reprovarem”, declarou.
O chefe do Executivo reforçou que a discussão exige responsabilidade coletiva. “Fizemos a nossa parte e segunda-feira estaremos todos lá. A sociedade também deve”, concluiu.
LEIA NA ÍNTEGRA A NOTA DO PREFEITO
FAPS: sem a reforma proposta, não vai ter dinheiro para honrar o pagamento patronal do Fundo
Ontem, dia 5, com muito esforço, pagamos R$ 4.631.178,66, referente à parte patronal do FAPS, da folha de agosto. Devido à capacidade financeira da prefeitura nas últimas décadas, a situação exige reformas previdenciárias urgentes para que possamos cumprir com obrigações futuras.
Deixar tudo como está ou trocar 6 por meia dúzia cria a falsa sensação de resolução do problema, fazendo com que as pessoas se enganem. Isso não é reforma. A realidade é outra; ela não muda sem verdade. A conta do descaso chegou. Sem reforma ampla, a previdência colapsará de vez.
Sem reformas, não temos garantias para honrar as próximas folhas do FAPS. O déficit do orçamento de 2025 já previa a insuficiência de 66 milhões. Com muita dedicação e ajustes, o déficit hoje gira em torno de 20 milhões. O valor das próximas 5 folhas do FAPS patronal!
Não pagar o fundo é aumentar ainda mais a dívida. Ato de irresponsabilidade? Talvez. Mas o que pagar e o que não pagar? Se a decisão for, pagar previdência, quem mais vai sofrer serão os cidadãos e até mesmo o fundo e os servidores. Trocar 6 por meia dúzia é não resolver nada.
Os projetos que estão na Câmara visam amenizar a situação financeira e buscar mais equilíbrio ao fundo. Visam garantir a continuidade de serviços básicos e essenciais para a comunidade. Ignorar essa realidade é uma tremenda injustiça, para com todos.
Com os parlamentares, já conversamos e debatemos os números, a situação financeira e as dificuldades da prefeitura. Diálogos nunca faltaram, nem mesmo o desejo flexibilizar. Sentei com eles e combinamos a flexibilização. Eu cumpro a minha palavra. Espero o mesmo.
Relatei aos vereadores que a situação é grave, gravíssima. E disse: “Só depois, não joguem na minha conta. Eu vou trabalhar com o que vocês aprovarem e ou reprovarem.”
Fizemos a nossa parte e segunda-feira estaremos todos lá. A sociedade também deve!
Leandro Balardin,
Prefeito.

