4 de dezembro de 2025

Mesmo após 61 socos, vítima diz que preferiu ficar ao lado do agressor

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AGRESSÃO NO ELEVADOR | Juliana Garcia afirma que ficou com o ex-namorado por dependência emocional e medo de represálias; caso ocorreu em 26 de julho em Natal

Juliana Garcia dos Santos, a mulher agredida com 61 socos pelo ex-jogador de basquete Igor Eduardo Pereira Cabral, afirmou que decidiu permanecer ao lado do agressor mesmo depois do episódio por forte dependência emocional e pelo temor de represálias. O ataque ocorreu dentro do elevador de um condomínio em Ponta Negra, Natal, em 26 de julho, e foi registrado por câmeras de segurança. CNN BrasilAgência Brasil

As imagens que circulam mostram a vítima com o rosto seriamente ferido; após o caso, Igor foi preso em flagrante e a prisão chegou a ser convertida em preventiva enquanto a Polícia Civil investiga o crime, classificado como tentativa de feminicídio. A defesa do acusado alegou inicialmente surto claustrofóbico, mas as autoridades deram prosseguimento às apurações. CNN Brasil+1

Juliana precisou passar por cirurgia reconstrutiva no rosto e, nas redes sociais e em entrevistas, divulgou trechos de sua recuperação — incluindo um vídeo mostrando o resultado da reconstrução facial cerca de 30 dias após o procedimento — e relatou que, além das lesões físicas, enfrenta sequelas psicológicas que requerem acompanhamento clínico especializado. CNN Brasilgshow

Em depoimentos públicos e postagens, a vítima descreveu o relacionamento como marcado por um ciclo de abusos: episódios anteriores, pedidos de desculpas do agressor e a sensação de estar acuada, fatores que ajudaram a explicar por que não se separou antes da violência extrema. Ela também relatou ameaças e agressões verbais, além de ataques direcionados a ela nas redes sociais desde a repercussão do caso. TerraNSC Total

O episódio provocou ampla repercussão nacional. Movimentos por direitos das mulheres, especialistas em violência doméstica e autoridades locais têm usado o caso para reforçar orientações sobre redes de acolhimento, medidas de proteção e a importância do registro policial e das medidas protetivas. Familiares do acusado afirmaram, por sua vez, que têm sofrido ameaças desde a divulgação do caso e pediram respeito à dignidade de parentes que não têm ligação com o crime. Agência BrasilVEJA

Situação processual e repercussão

  • O ex-atleta permanece à disposição da Justiça enquanto tramita o inquérito que apura tentativa de feminicídio; a pena, em eventual condenação, pode ser elevada em razão da natureza e da gravidade do crime. CNN Brasil+1
  • Entidades e especialistas têm chamado atenção para a necessidade de fortalecimento da rede de proteção (delegacias da mulher, assistência psicológica e serviços sociais) e para campanhas que incentivem a denúncia precoce dos sinais de abuso. Agência Brasilgshow

O que a vítima pede

Juliana tem feito um apelo público para que outras mulheres em situação de violência não se calem e busquem a rede de apoio disponível — atendimento médico, apoio psicológico e medidas legais — lembrando que o medo e a dependência emocional são componentes centrais que mantêm muitas vítimas em relações abusivas.

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