Internacional busca reconhecimento do título de 2005 após revelações de árbitro da Máfia do Apito
INTER | Clube avalia medidas jurídicas e institucionais para reparar injustiça histórica no Campeonato Brasileiro
O Sport Club Internacional voltou a colocar em pauta o reconhecimento do título brasileiro de 2005, que, segundo novas declarações do ex-árbitro Edílson Pereira de Carvalho, teria sido “subtraído de forma proposital” no escândalo da Máfia do Apito.
“Eu mudei o campeão brasileiro. Sem a máfia do apito a equipe campeã seria o Internacional, o campeão seria o Internacional”, admitiu Edílson, em declarações recentes. O ex-árbitro foi o pivô do esquema de manipulação de resultados que levou o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) a anular 11 partidas daquele campeonato, em decisão que o clube gaúcho considera ter sido lesiva e equivocada.
Entre os episódios citados está o confronto Santos 4×2 Corinthians, em 31 de julho de 2005, que chegou a ser anulado apesar de não haver indícios de manipulação. Outro caso emblemático ocorreu no Pacaembu, quando Márcio Rezende de Freitas deixou de marcar um pênalti claro em Tinga e ainda expulsou o jogador colorado – erro admitido pelo próprio árbitro anos depois.
Com base nesses elementos, o Internacional prepara medidas jurídicas e institucionais junto à CBF e ao STJD, buscando a revisão histórica da competição. O clube defende que o princípio da verdade desportiva, previsto no Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) e em normas da FIFA, garante que os resultados das competições reflitam o que foi conquistado em campo, sem distorções causadas por fraudes.
A mobilização é encabeçada pelo movimento Sangue Colorado, que apresentou proposição ao Conselho Deliberativo para que a direção oficialize a luta pelo título de 2005. “Não se trata de mero revisionismo, mas de uma ação de justiça histórica”, destacou Leonardo Aquino, coordenador do grupo.
O Internacional sustenta que a omissão sobre o episódio perpetua uma distorção que macula a integridade do futebol brasileiro. Para os colorados, o título de 2005 pertenceu em campo ao clube e precisa ser reconhecido oficialmente.
