Brasileiros ainda têm R$ 9,73 bilhões esquecidos em bancos, alerta Banco Central
ECONOMIA | Sistema de Valores a Receber segue disponível sem prazo final para resgate dos recursos
O Banco Central (BC) informou nesta terça-feira (11) que ainda há R$ 9,73 bilhões em “recursos esquecidos” por clientes em instituições financeiras de todo o país, conforme balanço atualizado até setembro.
Desse total, R$ 7,6 bilhões pertencem a 48,6 milhões de pessoas físicas, enquanto R$ 2,12 bilhões estão vinculados a 4,73 milhões de empresas. Desde o início do programa, o BC já devolveu R$ 12,21 bilhões em valores que estavam parados em bancos, consórcios e outras instituições.
Consulta e resgate dos valores
O sistema Valores a Receber (SVR), administrado pelo Banco Central, permite consultar se pessoas físicas (inclusive falecidas) e jurídicas têm valores disponíveis. A verificação deve ser feita exclusivamente pelo site oficial: valoresareceber.bcb.gov.br.
Embora o prazo inicial para resgate tivesse terminado em 16 de outubro de 2024, o Ministério da Fazenda esclareceu que não há data limite para a solicitação.
Para receber o dinheiro, é necessário informar uma chave PIX no momento da solicitação. Caso o cidadão não tenha uma chave cadastrada, deve entrar em contato diretamente com a instituição financeira responsável para combinar outra forma de pagamento.
No caso de valores pertencentes a pessoas falecidas, o acesso é restrito a herdeiros, testamentários, inventariantes ou representantes legais, que devem preencher um termo de responsabilidade antes de prosseguir.
Solicitação automática
Desde 27 de maio, o Banco Central passou a permitir a habilitação automática do resgate dos valores. O novo serviço é opcional e está disponível apenas para pessoas físicas que possuam conta gov.br de nível prata ou ouro, com verificação em duas etapas ativada e chave PIX do tipo CPF.
Com essa função ativada, o sistema autoriza automaticamente a devolução de novos valores identificados no nome do cidadão, sem necessidade de consultas periódicas. O crédito é feito diretamente pela instituição financeira, sem aviso prévio do BC.
As instituições que não aderiram à devolução via PIX continuarão exigindo solicitação manual, o que também se aplica a contas conjuntas.

