19 de dezembro de 2025

Moraes autoriza Bolsonaro a conceder entrevista na prisão e permite visitas fixas de Michelle; PF marca novo interrogatório

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BOLSONARO | Ex-presidente falará ao portal Metrópoles nesta sexta-feira e será ouvido pela Polícia Federal no fim do mês sobre bens encontrados em cofres do Alvorada

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizou o ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente preso na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, a conceder uma entrevista ao portal Metrópoles nesta sexta-feira (18), entre 11h e 12h. Esta será a primeira manifestação pública de Bolsonaro desde a sua prisão e também a primeira após ter sugerido o nome do filho, senador Flávio Bolsonaro, como possível candidato à Presidência da República no próximo ano.

Na mesma decisão, Moraes autorizou que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro tenha visitas permanentes ao marido às terças e quintas-feiras, das 9h às 11h, com duração de até 30 minutos. Antes, ela precisava protocolar semanalmente pedidos individuais para cada visita, o que agora deixa de ser necessário. O ministro também permitiu que o ex-presidente receba cartas e encomendas na prisão, mediante inspeção da Polícia Federal, além de autorizar a realização de sessões de fisioterapia durante os dias úteis, inclusive no período de banho de sol, conforme prescrição médica.

Interrogatório marcado

Alexandre de Moraes também atendeu a um pedido da Polícia Federal e autorizou a oitiva de Bolsonaro no dia 30 de dezembro, entre 9h e 11h, na própria Superintendência da PF, onde ele cumpre pena de 27 anos e três meses, imposta pelo STF, por tentativa de golpe de Estado.

A PF quer ouvir o ex-presidente sobre dois cofres encontrados no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República, que foram abertos em junho deste ano. Dentro deles, segundo a corporação, havia documentos pessoais de Bolsonaro e outros bens, cuja origem e propriedade ainda precisam ser esclarecidas. No ofício enviado ao ministro, a PF afirmou que foi acionada pela Presidência da República para investigar o conteúdo dos cofres, embora não tenha detalhado quando isso ocorreu.

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