Ancelotti é condenado por fraude fiscal na Espanha, mas não cumprirá pena de prisão
ESPORTE | Treinador da Seleção Brasileira foi sentenciado a um ano por sonegação, mas deve se beneficiar de regra que suspende penas leves para réus primários
O técnico da Seleção Brasileira, Carlo Ancelotti, foi condenado pela Justiça da Espanha a um ano de prisão por fraude fiscal, mas não deverá cumprir pena em regime fechado. A legislação espanhola prevê a “suspensão ordinária da pena” para sentenças inferiores a dois anos, desde que o réu não tenha antecedentes e o crime não envolva violência — critérios que se aplicam ao treinador italiano.
A condenação diz respeito à sonegação de impostos sobre rendimentos de direitos de imagem em 2014, durante a primeira passagem de Ancelotti pelo Real Madrid. De acordo com a promotoria espanhola, o treinador deixou de declarar 1.062.079 euros (cerca de R$ 6,6 milhões) naquele ano.
Além da sentença de prisão, Ancelotti foi condenado a pagar uma multa de 386 mil euros (aproximadamente R$ 2,5 milhões) à Receita Federal da Espanha. No entanto, a dívida principal, de quase 1,5 milhão de euros, já havia sido quitada pelo Real Madrid em nome do técnico ainda em dezembro de 2021, como parte de um acordo durante o processo.
A defesa do treinador alegou que o pagamento das dívidas e a ausência de antecedentes criminais são elementos suficientes para evitar o cumprimento da pena em regime fechado, como normalmente ocorre em casos similares no país.

