Aplicativo Celular Seguro terá nova funcionalidade para notificar novos donos de aparelhos roubados
CELULAR SEGURO | Governo federal aprimora plataforma de proteção digital para coibir o comércio ilegal de smartphones
O governo federal está prestes a lançar uma nova funcionalidade no aplicativo Celular Seguro, que permitirá o envio de mensagens ao novo dono de um aparelho roubado, mesmo que o chip tenha sido trocado. A previsão é que a novidade seja implementada até sexta-feira (4), segundo informações do jornal O Globo.
O objetivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) é dificultar o comércio ilegal de celulares furtados ou roubados. Com a nova atualização, dispositivos registrados como irregulares no sistema receberão uma notificação via WhatsApp ou SMS, informando que foram adquiridos de forma criminosa e orientando o portador a procurar uma delegacia para regularizar a situação.
A tecnologia se baseia no IMEI, um código único de identificação do aparelho, permitindo que a comunicação aconteça independentemente do chip ou da operadora utilizada pelo novo usuário. O MJSP ainda define os últimos detalhes da mensagem, que será objetiva e informativa.
Como funciona o Celular Seguro
Disponível gratuitamente para Android e iOS, o Celular Seguro permite que o usuário, previamente cadastrado, bloqueie sua linha telefônica e restrinja o uso do aparelho em caso de roubo, furto ou perda. O bloqueio pode ser feito pelo site oficial, por outro telefone cadastrado ou por um contato de emergência previamente definido.
Há duas modalidades de restrição:
- Bloqueio parcial: impede o acesso a aplicativos bancários e fintechs parceiras.
- Bloqueio total: inutiliza o dispositivo pelo IMEI, impedindo o uso por terceiros.
Desde o lançamento, no final de 2023, o aplicativo já registrou 12,5 mil alertas de bloqueio em apenas um mês e superou 1 milhão de usuários cadastrados.
Além da nova funcionalidade, o governo estuda endurecer as penas para crimes envolvendo eletrônicos roubados, especialmente aqueles destinados à revenda. A punição poderá variar de quatro anos e seis meses a 12 anos de prisão.

