A Brigada Militar resgatou nesta quinta-feira uma mulher de 72 anos dentro de um bingo, na avenida Bento Gonçalves, no bairro Azenha, em Porto Alegre. A idosa acionou a corporação alegando que estava sendo impedida de deixar o local, por conta de uma dívida. O estabelecimento, que funcionava ilegalmente, foi fechado. Ninguém foi preso.
De acordo com o boletim de ocorrência, os soldados do 9º BPM foram acionados para atender uma suspeita de cárcere privado. Ao chegarem no endereço informado, os militares não conseguiram abrir a porta, apesar de ouvirem os chamados de socorro. A entrada no prédio precisou ser feita com o apoio do Corpo de Bombeiros.
A idosa alegou que havia contraído uma dívida de R$ 2 mil. Segundo o depoimento, os funcionários do bingo não a deixavam ir embora porque ela não tinha dinheiro suficiente para quitar o débito.
Foram apreendidas 84 computadores, dois celulares, um tablet, três pendrives, 80 placas-mãe e mais de R$ 13 mil. Aproximadamente 40 pessoas estavam jogando no momento da ocorrência.
Em nota, a advogada Mariana Soares, que representa o estabelecimento, negou a denúncia de cárcere privado e disse que a idosa é cliente da casa. A jurista também afirmou que todos os funcionários foram liberados. Segundo ela, a Polícia Civil registrou o caso como suspeita de cárcere.
Leia a nota da advogada:
O cárcere privado é um delito cometido contra a liberdade de um cidadão. No caso em tela, não houve restrição da liberdade da suposta vítima. A senhora que acusou o estabelecimento de cárcere é cliente do mesmo e após perder seu dinheiro, que apostou de livre vontade, junto com o seu estado de embriaguez , optou por agir de má-fé contra o estabelecimento, objetivando ser ressarcida.
Então ligou para a polícia denunciando seu cárcere por parte do estabelecimento. Quando a polícia adentrou no local viu que a senhora se encontrava junto com cerca de 40 clientes, sendo impossível classificar a situação como cárcere privado. Posteriormente foram todos para a delegacia, a senhora foi submetida a exame toxicológico, devido seu estado alterado, os funcionários do estabelecimento foram todos liberados pelo delegado, que registrou a situação como suspeita de cárcere .