Bolsonaro volta a passar mal e cancela agendas políticas em julho
O político recebeu um possível diagnóstico de pneumonia viral em 21 de junho e, desde a data, tem sofrido com soluços e vômitos. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
POLÍTICA | Ex-presidente enfrenta crises de soluço e vômitos; médicos recomendam repouso absoluto por um mês
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a enfrentar problemas de saúde nesta terça-feira (1º) e cancelou sua participação em um evento do Partido Liberal (PL) que ocorreria em Brasília (DF). Segundo comunicado divulgado nas redes sociais pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, todas as agendas previstas para Santa Catarina e Rondônia também estão suspensas.
“Após consulta médica de urgência, foi-me determinado ficar em repouso absoluto durante o mês de julho”, diz o comunicado assinado por Bolsonaro e compartilhado por Flávio. O ex-mandatário sofre com “crise de soluços e vômitos” que, segundo ele, “impedem até de falar”.
Desde 21 de junho, Bolsonaro recebeu um possível diagnóstico de pneumonia viral e tem apresentado sintomas persistentes. Em seu perfil no X (antigo Twitter), Bolsonaro compartilhou, sem comentários, uma notícia sobre o agravamento de seu estado de saúde.
Carlos Bolsonaro (PL-RJ), vereador e outro filho do ex-presidente, afirmou na rede social que o pai “está literalmente se matando depois de terem tentado matá-lo”, referindo-se ao atentado a faca sofrido por Bolsonaro durante a campanha presidencial de 2018. Ele também relatou que o pai passou por “uma cirurgia de mais de 10 horas em menos de dois meses”.
O histórico de problemas gastrointestinais do ex-presidente se agravou nos últimos anos. Em abril de 2025, Bolsonaro passou por uma laparotomia exploradora para tratar uma obstrução intestinal — a sexta cirurgia desde o atentado em Juiz de Fora (MG).
Mesmo doente, Bolsonaro participou no dia 26 de junho de um evento em Belo Horizonte (MG) com presença dos deputados Nikolas Ferreira (PL-MG), Bruno Engler (PL-MG) e do senador Cleitinho (Republicanos-MG). Dias antes, ele havia cancelado compromissos em Goiânia após passar mal durante um churrasco.
Carlos Bolsonaro já havia atribuído os sintomas do pai — como enjoos, arrotos e vômitos — às sequelas da facada de 2018. O próprio ex-presidente declarou publicamente: “Eu vomito 10 vezes por dia”, ao relatar os efeitos de longo prazo do atentado.

