Briga após derrota em partida de canastra acaba em morte em Santa Cruz do Sul

Uma briga que começou durante um jogo de cartas terminou em morte na noite de sábado (23) em Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo. Celso Ederson Siqueira Benta, 41 anos, foi assassinado a facadas. O autor dos golpes, um jovem de 23 anos, se apresentou na delegacia no dia seguinte e admitiu o crime, que teria ocorrido após uma discussão seguida por agressões físicas, em meio a uma partida de canastra.

Segundo o delegado Alessander Zucuni Garcia, da 2ª DP de Santa Cruz do Sul, o conflito ocorreu em um bar do bairro Progresso, por volta das 23h. Após perder várias partidas, a vítima, que jogava canastra com um terceiro homem, teria iniciado uma discussão com o rapaz de 23 anos, o acusando de ajudar seu oponente a derrotá-lo. Em seu depoimento, o autor negou a suposta trapaça, alegando que sequer sabia jogar cartas. Ele teria, inclusive, confundindo o nome do jogo no depoimento.

Conforme a Polícia Civil, uma câmera de monitoramento flagrou o momento em que Benta agride o homem de 23 anos com socos, tapas e pontapés. O rapaz agredido foi até sua casa, localizada nas proximidades, e retornou ao local com uma faca. Em depoimento, alegou que a trouxe para defesa própria.

Minutos depois, Benta teria retomado a luta e o suspeito o esfaqueou. Após o primeiro golpe, testemunhas tentaram separá-los, mas a briga continuou, resultando na morte de Celso. Ele foi encontrado sangrando na porta do estabelecimento e morreu antes da chegada dos socorristas.

O autor dos golpes admitiu que ambos teriam consumido álcool e drogas sintéticas. O suspeito deixou o local assim que a vítima caiu desacordada, mas se apresentou na delegacia no dia seguinte, temendo represálias da comunidade.

Desavenças

Conforme o delegado, o rapaz afirmou que não tinha desavenças anteriores com a vítima, embora uma testemunha tenha mencionado, sem mais detalhes, uma intriga anterior entre ambos. Após confessar o crime, o autor das facadas precisou deixar o bairro, temendo por sua segurança.

Devido à ausência de elementos para pedir a prisão preventiva, e como o investigado não tinha antecedentes criminais, ele permanece em liberdade durante o andamento do inquérito. O delegado afirmou que o jovem não está se escondendo e mantém contato com a delegacia. Garcia ressalta, contudo, que a alegação de legítima defesa não ficou clara neste caso.

— De certa forma, o autor não procurou evitar o conflito. Ele diz ter pegado a faca para sua defesa, mas se quisesse apenas se proteger poderia não ter voltado ao local — afirma o delegado.





Fonte: GZH

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