21 de junho de 2025

Câmara recomenda cassação de Glauber Braga (PSOL-RJ), que inicia greve de fome e passa a noite no chão do plenário

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POLÍTICA | Deputado diz que enfrentará “até as últimas consequências” em protesto contra decisão do Conselho de Ética

O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) protagonizou uma cena incomum no Congresso Nacional ao dormir no chão de uma comissão da Câmara dos Deputados, onde passou a madrugada desta quinta-feira (10). A atitude extrema foi parte do protesto iniciado após o Conselho de Ética aprovar, na quarta-feira (9), o parecer que recomenda sua cassação por agressão a um ativista do Movimento Brasil Livre (MBL), em 2023.

Braga, em discurso inflamado, anunciou que iniciaria uma greve de fome e que permaneceria nas dependências da Câmara até que o plenário da Casa se manifeste sobre a recomendação do Conselho. “Estou há 30 horas e 30 minutos fazendo somente a ingestão de líquidos. Essa tática radical é fruto de uma decisão política: não serei derrotado por Arthur Lira e pelo orçamento secreto. Vou às últimas consequências”, declarou o parlamentar em sua conta no X (antigo Twitter).

A decisão de permanecer no Congresso e iniciar a greve de fome não foi discutida previamente com a bancada do PSOL nem com seus familiares. Sua esposa, a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP), ficou ao lado do marido até por volta das 23h de quarta-feira, mas precisou retornar para casa para cuidar do filho do casal, de 3 anos.

Tumulto e manifestações

A sessão do Conselho de Ética foi marcada por manobras regimentais, protestos e confusão. Militantes de esquerda e aliados de Glauber Braga lotaram os corredores e arredores da sala da reunião, protestando contra a condução do processo e em defesa do parlamentar. O parecer aprovado foi assinado pelo deputado Paulo Magalhães (PSD-BA).

Entre os apoiadores que acompanharam a votação presencialmente, chamou atenção a presença do ator Marco Nanini, que permaneceu no plenário do Conselho como forma de apoio simbólico a Braga.

O caso ainda precisa ser analisado em plenário, onde os deputados federais decidirão, por maioria absoluta, se confirmam ou rejeitam a cassação de Glauber. Até lá, o parlamentar fluminense promete resistência.

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