16 de julho de 2025

Conflito entre Irã e Israel chega ao quarto dia com saldo de quase 250 mortos e intensificação de ataques

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MUNDO | União Europeia convoca reunião de emergência; Trump admite possibilidade de envolvimento dos EUA no confronto

O mais grave confronto direto entre Irã e Israel segue se intensificando e entrou nesta segunda-feira (16) no quarto dia consecutivo de ataques, deixando um saldo de quase 250 mortos e mais de 1.200 feridos. A escalada da violência, que começou na última sexta-feira (13), preocupa líderes mundiais e aumenta a tensão entre as potências do Oriente Médio.

Segundo informações do portal G1, até a manhã desta segunda-feira, ao menos 224 pessoas morreram no Irã e 22 em Israel. Entre as vítimas estão mulheres e crianças. Além disso, os ataques deixaram 1.277 feridos em território iraniano.

Últimos ataques e vítimas

Em Israel, o ataque mais recente, ocorrido nesta segunda-feira, resultou em ao menos cinco mortes. Já no Irã, os bombardeios israelenses continuam atingindo instalações estratégicas. Desde sexta-feira, foram alvos instalações militares, depósitos de combustível e estruturas de pesquisa e defesa em Teerã e em outras regiões.

Entre os mortos confirmados pelo governo iraniano estão o chefe de inteligência da Guarda Revolucionária, Mohammad Kazemi, e o chefe da Guarda Revolucionária, Hossein Salami, ambos atingidos por ataques aéreos de Israel.

Reação internacional e reunião da União Europeia

A União Europeia convocou uma reunião de emergência com os ministros das Relações Exteriores dos 27 países do bloco, marcada para terça-feira (17), por videoconferência. O objetivo será debater o conflito e coordenar possíveis ações diplomáticas com Tel Aviv e Teerã.

De acordo com o gabinete da chefe de política externa da UE, Kaja Kallas, a reunião será uma oportunidade para discutir próximos passos diante da escalada militar.

Netanyahu justifica ofensiva e Trump admite possível envolvimento dos EUA

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou no domingo (15) que os ataques visam proteger Israel e o mundo do que chamou de “regime incendiário iraniano”. Segundo ele, os alvos das operações têm sido instalações nucleares e militares iranianas.

Netanyahu declarou ainda que, apesar de uma mudança de regime no Irã não ser o objetivo declarado das ofensivas, “isso pode acabar acontecendo”, devido à fragilidade política interna do país persa.

Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump afirmou à ABC News que “é possível” que os EUA acabem se envolvendo no conflito, embora tenha reforçado que o país “não está, neste momento”, diretamente engajado nas ações militares.

Horas depois, Trump usou a rede Truth Social para defender um acordo entre Irã e Israel, citando como exemplo sua atuação anterior na mediação entre Índia e Paquistão. Em pronunciamento posterior na Casa Branca, Trump disse que há uma “grande chance” de um acordo, mas ponderou que “às vezes os países precisam lutar entre si”.

Esforços diplomáticos e mediação internacional

Além dos Estados Unidos, outros países têm se mobilizado para tentar conter o avanço da guerra. O presidente francês, Emmanuel Macron, informou que o tema será pauta na reunião do G7 desta semana, no Canadá, com foco na prevenção de uma escalada nuclear.

O governo britânico, por meio do primeiro-ministro Keir Starmer, reforçou a necessidade de “diplomacia e diálogo imediato para uma desescalada”. Já a Rússia e países árabes do Golfo também têm intensificado contatos diplomáticos buscando um cessar-fogo.

Revelação sobre plano de assassinato

Outro desdobramento importante divulgado no domingo envolve um suposto veto do presidente Trump a um plano israelense que tinha como alvo o líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei. Um alto funcionário dos EUA, sob anonimato, confirmou à agência AFP que Trump bloqueou a operação e orientou Israel a não prosseguir com o plano.

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