Consumo de ultraprocessados no Brasil subiu 5,5% em 10 anos

O consumo de alimentos ultraprocessados vem crescendo em muitos países. Um estudo da Universidade de São Paulo (USP) apontou que, no Brasil, a taxa aumentou 5,5% entre 2008 e 2018, sobretudo entre pessoas negras e indígenas, bem como entre moradores da área rural e das regiões Norte e Nordeste do país.
No geral, os alimentos ultraprocessados – compostos de formulações industriais – representaram 19,7% das calorias no período analisado. Apesar do aumento nos grupos citados, o consumo dos produtos, como biscoitos, embutidos e macarrão instantâneo, foi maior entre mulheres, adolescentes e nas regiões Sul e Sudeste. 
Segundo os autores do estudo, a maior busca por alimentos ultraprocessados acontece devido às mudanças do sistema alimentar globalizado, que registrou uma forte expansão do sistema varejista. Países como Reino Unido, Estados Unidos, Canadá, Chile, Colômbia e México, por exemplo, também apresentam maior consumo dos produtos.
O cenário é de risco, uma vez que os alimentos são prejudiciais à saúde. “Estudos têm evidenciado a associação entre o consumo de alimentos ultraprocessados e o risco de obesidade e de diversas doenças crônicas não transmissíveis. Além disso, publicações recentes também mostram que esses alimentos estão relacionados a danos ambientais sem precedentes”, diz a pesquisa.

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