A conta de luz vai continuar tendo a bandeira tarifária verde em dezembro, anunciou a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). Com a medida, não haverá cobrança de taxa extra nas faturas dos consumidores brasileiros. É o oitavo mês seguido sem a necessidade de aumentar a conta para compensar desequilíbrio na geração de energia do SIN (Sistema Interligado Nacional).
A agência considera que as condições de energia elétrica ainda são boas no país, sem períodos de escassez de chuvas. O Sistema Interligado Nacional é dividido em quatro subsistemas: Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte. Nenhum deles teve problemas para gerar energia nos últimos meses.
“Com a chegada do período chuvoso [no Sudeste], melhoram os níveis dos reservatórios e as condições de geração das usinas hidrelétricas, as quais possuem um custo mais baixo. Dessa forma, não é necessário acionar empreendimentos com energia mais cara, como é o caso das usinas termelétricas”, afirmou a agência.
Bandeiras tarifárias
As bandeiras tarifárias foram criadas em 20115 para Aneel para repassar aos consumidores o aumento dos custos variáveis da geração de energia elétrica e, de forma indireta, obrigar um consumo mais racional de energia. Divididas em níveis, as bandeiras indicam quanto está custando para o SIN gerar a energia usada nas casas,
em estabelecimentos comerciais e nas indústrias.
Quando a conta de luz é calculada pela bandeira verde, significa que a conta não sofre qualquer acréscimo. Quando são aplicadas as bandeiras vermelha ou amarela, a conta sofre acréscimos, que variam de R$ 2,989 (bandeira amarela) a R$ 9,795 (bandeira vermelha patamar 2) a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
Quando a bandeira de escassez hídrica vigorou, de setembro de 2021 a 15 de abril deste ano, o consumidor pagava R$ 14,20 extras a cada 100 kWh.