5 de dezembro de 2025

CPMI do INSS aprova pedido de prisão de 21 investigados por fraudes contra aposentados

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FRAUDE DO INSS | Sessão também foi marcada por bate-boca entre senadora Leila Barros e deputada Coronel Fernanda

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) aprovou, por unanimidade, nesta segunda-feira (1º), um requerimento que solicita ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão preventiva de 21 pessoas denunciadas por participação em fraudes contra aposentados e pensionistas. A decisão foi tomada com 26 votos favoráveis e nenhum contrário.

Entre os nomes listados estão o ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto; o empresário Maurício Camisotti, controlador de associações investigadas; e Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “careca do INSS”. O pedido será analisado pelo ministro André Mendonça, relator do caso no STF.

Bate-boca na sessão

A votação foi marcada por uma discussão entre a senadora Leila Barros (PDT-DF) e a deputada federal Coronel Fernanda (PL-MT), ambas integrantes da CPMI.

Segundo Coronel Fernanda, a confusão começou após ela comemorar o resultado da aprovação do requerimento de prisão, que incluiu o nome de Alessandro Stefanutto, indicado ao cargo no INSS pelo então ministro da Previdência Carlos Lupi (PDT).
A senadora Leila não gostou quando comemorei o resultado da votação e veio para cima e eu não aceitei. Ela disse que não tinha medo e eu também retruquei que não tinha medo — relatou a deputada, acrescentando que considera o episódio superado.

Até o momento, Leila Barros não se manifestou sobre o caso. O espaço segue aberto para sua posição. Apesar da discussão, a parlamentar votou favoravelmente ao pedido de prisão.

Críticas à impunidade

O presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), criticou a demora nas investigações, que até agora não resultaram em prisões ou bloqueio de bens.
Nós não temos ninguém preso até hoje. Nós não temos um bloqueio de bens até o momento. Isso é de uma impunidade vergonhosa no Brasil — afirmou Viana.

A iniciativa de solicitar as prisões partiu do relator da comissão, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), que justificou a medida como necessária para a garantia da ordem pública, conveniência da instrução criminal e aplicação da lei penal.

Novos desdobramentos

Durante depoimento que se estendeu por mais de oito horas, o advogado Eli Cohen trouxe novas acusações. O senador Jorge Seif (PL-SC) afirmou que a Polícia Federal teria identificado parlamentares que recebiam “mesadas” de instituições envolvidas no esquema, e apresentou requerimento para que os nomes sejam revelados.

Cohen também relatou que um esquema semelhante ocorre em operações de empréstimos consignados, envolvendo bancos como BMG, Master e Picpay.

Lista dos investigados

O requerimento da CPMI pede a prisão preventiva das seguintes pessoas:

  1. André Paulo Fidelis
  2. Eric Douglas Fidelis
  3. Cecília Rodrigues Mota
  4. Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho
  5. Thaisa Hoffmann Jonasson
  6. Maria Paula Xavier da Fonseca Oliveira
  7. Alexandre Guimarães
  8. Antônio Carlos Camilo Antunes
  9. Rubens Oliveira Costa
  10. Romeu Carvalho Antunes
  11. Domingos Sávio de Castro
  12. Milton Salvador de Almeida Junior
  13. Adelinon Rodrigues Junior
  14. Alessandro Antônio Stefanutto
  15. Geovani Batista Spiecker
  16. Reinaldo Carlos Barroso de Almeida
  17. Vanderlei Barbosa dos Santos
  18. Jucimar Fonseca da Silva
  19. Philipe Roters Coutinho
  20. Maurício Camissotti
  21. Márcio Alaor de Araújo

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