E a seleção brasileira? Os bastidores do anúncio ‘surpresa’ de renovação de Ancelotti no Real Madrid

O Real Madrid surpreendeu na manhã da última sexta-feira (29) e anunciou a renovação de contrato com Carlo Ancelotti até junho de 2026, frustrando os planos da seleção brasileira. Até mesmo o próprio treinador não esperava a oficialização do clube.

A ampliação do contrato do italiano foi alinhada em uma conversa entre ele e o presidente merengue, Florentino Pérez, até a madrugada de quinta. Ancelotti apresentou suas condições ao cartola, que as aceitou nesta sexta e correu para realizar o anúncio, mesmo sem contrato assinado.

Florentino avisou o treinador que faria a comunicação do acerto logo, mas não nesta sexta, por isso o próprio Ancelotti foi pego de surpresa. Nem sua esposa sabia da renovação.

Agora, a expectativa é para que Ancelotti assine o novo contrato, o que é esperado para acontecer nas próximas horas ou dias. Após o anúncio do Real, porém, trata-se de mera formalidade.

Do outro lado do Oceano Atlântico, a CBF ficou surpresa, mas nem tanto. É que todas conversas de Ancelotti para assumir a seleção brasileira em 2024, quando acabaria seu vínculo anterior com o Real, foram com Ednaldo Rodrigues, que deixou a presidência da entidade em decisão da Justiça.

A confederação sempre confiou em um acerto verbal com Ancelotti, com um termo de intenções que teria sido trocado entre Ednaldo e o técnico – algo que a CBF garante que tinha.

Acontece que, após a Ednaldo deixar o cargo e José Perdiz assumir como interventor, à espera de novas eleições, deixou toda situação na confederação incerta. A CBF entende que esse cenário influenciou na decisão de Ancelotti em permanecer no Real e declinar o Brasil.

O principal pedido feito por Ancelotti a Florentino foi a contratação de um novo zagueiro, já que o elenco já não tinha Eder Militão à disposição por uma grave lesão e agora perdeu David Alaba, também machucado. Essa busca será o foco do Real no mercado nos próximos dias.

Quanto a CBF, a prioridade é a definição de um novo presidente, o que deve acontecer apenas em janeiro. Somente após isso é que a entidade voltará a pensar na situação do treinador. Até lá, Fernando Diniz segue no cargo, dividindo a função também como técnico do Fluminense.

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