19 de abril de 2025

Equipamento estragado impede cirurgia de urgência no HCB e idoso corre risco de perder a perna

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Lutando para operar a perna e desobstruir a veia que impede a circulação sanguínea, um senhor vive momentos difíceis. Ele, que já perdeu uma das pernas devido a diabetes, faz hemodiálise 3 vezes na semana e agora precisa de uma cirurgia vascular urgente para não precisar amputar a outra perna, que já está necrosando.

Apesar do encaminhamento de urgência do médico, a cirurgia não pode ser realizada porque o amplificador de imagem, equipamento necessário no bloco cirúrgico para operações vasculares, está estragado desde a metade do mês de dezembro e sem previsão de conserto.
O filho Jeferson, desabafa:
“O que mais indigna é um hospital nessa magnitude não estar realizando cirurgia por conta de um aparelho estragado e sem previsão de conserto devido ao alto custo. Isso não prejudica só o meu pai, mas toda uma população, regional inclusive, que está sendo prejudicada. O hospital sequer da uma previsão”, conta.

Jeferson entrou em contato com o Secretário Municipal de Saúde, Marcelo Figueiró, que ficou de cobrar uma solução do HCB e orientou o familiar abrir um chamado na ouvidoria do SUS. A família buscou informações na ouvidoria e obteve a seguinte resposta:
“O intensificador de imagem está estragado. É um aparelho que faz parte do bloco cirúrgico e sem ele não há como operar casos de cirurgia vascular. Não há previsão de conserto e ainda será avaliado se poderá continuar realizando determinados procedimentos vasculares, já que o aparelho pode estar sobrecarregado. Aconselhamos os familiares a conversar com o médico para encaminhar o paciente a outro hospital com serviço de hemodinâmica”.

O SAC do HCB explica que o paciente mencionado nesta matéria não tem vínculo com o SUS, portanto deve ser encaminhamento para atendimento em outro hospital através do convênio, diretamente com seu médico. Se estivesse internado pelo SUS, o hospital providenciaria a transferência. Caso o vínculo fosse pelo SUS, a Secretaria de Saúde faria o encaminhamento para outra cidade.

Sobre o encaminhamento do médico para outro hospital através do convênio, o filho do aposentado, explica que não conseguiu o laudo do Dr, apenas uma prescrição dizendo que o paciente deve procurar um hospital adequado para atender a situação,visto que em Cachoeira não é possível no momento. Revoltado, ele diz:
“Dr disse para procurar as emergências dos hospitais em outras cidades e tentar. Isso não é encaminhamento, pois as famílias não podem viajar sem rumo, batendo de porta em porta nos hospitais com o paciente tentando atendimento na sorte”, lamenta.

Devido a falta do aparelho no bloco cirúrgico, a fila de espera para os procedimentos parou e não há previsão para novos agendamentos.

Foto: Arquivo pessoal

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