ESCOLA C18 / E se a bola parar de rolar?

No campo da Escola C18, a bola não é apenas um objeto de jogo. Ela carrega sonhos, disciplina e a esperança de jovens que, ao invés de estarem nas ruas, encontram ali um propósito. Idealizada por Cleverson e Samantha, a escolinha de futebol não é apenas uma iniciativa esportiva, mas um projeto social que transforma vidas em Cachoeira do Sul.

A C18 não apenas forma jogadores. Ela forma cidadãos. Participando de competições regionais, como as realizadas em Santa Cruz do Sul, Cachoeirinha e Lajeado, a escolinha leva o nome de Cachoeira para além das suas fronteiras. Seus jovens atletas já trilham caminhos promissores, integrando equipes de destaque no estado.

Mas o que impressiona é a força da resistência. Apesar do impacto social e esportivo que o projeto proporciona, a C18 enfrenta uma dura realidade: o apoio necessário para seguir em frente não vem. O poder público, que deveria reconhecer o valor da escolinha, permanece distante, deixando Cleverson, Samantha e alguns pais lutando sozinhos para manter o sonho vivo.

E é aqui que surge a inquietante pergunta: e se a bola parar de rolar? Se o esforço incansável dos idealizadores for sufocado pela falta de incentivo? A resposta não é apenas sobre a C18. É sobre os jovens que ela acolhe, as oportunidades que ela cria e os sonhos que podem deixar de existir.

Cachoeira do Sul precisa olhar para a C18 com a mesma dedicação com que Cleverson e Samantha olham para os jovens que treinam. A escolinha é um patrimônio social da cidade, e seu silêncio seria mais do que a ausência de gritos de gol. Seria o fim de um futuro que hoje ainda é possível construir.

Por Rafa Bordignon

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