Até o início das intensas precipitações, ocorridas entre 29/04 e 04/05, as produtividades obtidas na colheita da soja de 76% das áreas eram consideradas satisfatórias. No entanto, em razão do evento climático adverso, a perspectiva da operação para as áreas restantes (24%) mudou abruptamente, e as perdas de produção serão elevadas, podendo atingir até 100% das áreas remanescentes. Algumas infraestruturas de armazenagem de grãos também foram danificadas, o que pode afetar a produção colhida anteriormente.
A situação é preocupante em Dom Pedrito, já que apenas 30% dos 125 mil hectares cultivados foram colhidos. Em Caçapava do Sul, onde 45% foram colhidos, os estragos são impressionantes, pois não apenas houve danos qualitativos aos grãos, mas também perda total em muitas lavouras, que foram alagadas ou tombadas pela força da água. No município de Bagé, onde 40% da área foi colhida, houve falta de energia elétrica, e algumas propriedades ficaram desabastecidas por até 12 dias, impedindo a secagem e a armazenagem da soja nos silos particulares.
Na Fronteira Oeste, o cenário é semelhante. Em São Gabriel, 50% das lavouras foram colhidas antes das chuvas torrenciais, e resta a campo 67 mil hectares que terão perda de 50%; e mil hectares terão perdas totais por ficarem submersos. Em Maçambará, a área colhida alcançou 70%, e as perdas na área restante estão estimadas em 35%. Em Manoel Viana, a colheita atingiu 82%, restando cerca de 10 mil hectares com perdas estimadas em 30%. Em São Borja, onde a colheita alcançou 75%, as perdas estão estimadas em 20%. Em Caxias do Sul, aproximadamente 15% da área ainda precisa ser colhida, mas essas lavouras foram severamente comprometidas, havendo perdas significativas tanto em produtividade quanto em qualidade, além de grande percentual de grãos brotados e deteriorados. Em Passo Fundo, 90% foram colhidos. A situação é mais crítica em Santa Vitória do Palmar, onde apenas 30% foram colhidos, e em Chuí, apenas 9%. Em Santa Maria, aproximadamente 30% das lavouras não foram colhidas e sofrerão perdas totais. Muitas dessas lavouras ficaram submersas. No Baixo Vale do Rio Pardo, muitas lavouras estão inundadas, e as perdas são totais.
O cultivo da safra atual foi impactado com uma pequena estiagem em janeiro/fevereiro e o excesso de chuva em maio. Como resultado, a estimativa de produtividade foi revisada para 3.309 kg/ha.
Mais chuva no fim de semana do Dia das Mães
Nesta sexta-feira (10/05), novas áreas de instabilidade voltam a se espalhar pelo Rio Grande do Sul, com possibilidade de chuva forte entre o centro, norte, serra, vales e leste gaúcho. Em Porto Alegre, o sol aparece entre muitas nuvens e a partir da tarde a previsão é de pancadas de chuva que vem com forte intensidade. No oeste, campanha e sul do estado o dia é chuvoso.
No sábado, o dia fica chuvoso no oeste, campanha, sul centro e POA, sendo que em alguns momentos a chuva pode vir com forte intensidade. No noroeste, norte, nordeste, missões e serra sol entre muitas nuvens e pancadas de chuva que podem ser mais intensas entre o norte, nordeste e parte da serra gaúcha.
Domingo de tempo fechado e chuvoso em todo o Rio Grande do Sul. Em alguns momentos a chuva vêm forte entre as missões, noroeste, norte, nordeste, serra, vales, centro, leste e POA.
Quando a chuva vai parar no Rio Grande do Sul?
No decorrer da segunda quinzena de maio, com a expectativa de enfraquecimento do bloqueio atmosférico, e até rompimento efetivo, o Rio Grande do Sul terá vários períodos com predomínio de sol, frio e sem chuva. Mas outras frentes frias vão passar pelo estado, só não ficarão paradas por lá. Assim, ainda teremos eventos de chuva até o fim do mês, intercalados com os dias de sol e frio, mas que não trarão chuva tão persistente e volumosa como se observa desde o fim de abril e na primeira semana de maio de 2024.
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