Estudo aponta déficit de R$ 331 milhões repassados pela União para a saúde no RS
A Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul apresentou, ao Conselho Nacional de Secretários de Saúde, um estudo que aponta a necessidade da alteração dos valores repassados pela União para custear ações e serviços da saúde de média e alta complexidade, o Teto MAC.
Em 183 municípios gaúchos, o teto para procedimentos não foi suficiente para cobrir os gastos com o atendimento à população. O maior déficit registrado foi de R$ 34 milhões, em Caxias do Sul.
O economista César Lima explica que a situação do déficit acontece por uma confluência de fatores.
Confira:
O economista aponta que durante a pandemia aconteceu um processo inflacionário em termos de medicamentos, equipamentos e material de saúde. Assim, os serviços ficaram mais caros e a capacidade de recursos do municípios diminuiu, o que gerou esse déficit. Para o economista, a tendência é de piora do quadro ao longo do tempo.
Em 2019, um relatório da Controladoria Geral da União já apontava o problema, já que mesmo quando há aumento de procedimentos realizados, muitas vezes não há incremento de recursos. E que, quando há menos serviços, não ocorre uma queda nas transferências. Da mesma forma, as transferências não diminuem quando há uma redução nos serviços.

