Exportações de carne suína do RS crescem 15,8% em maio e acompanham alta nacional impulsionada pelas Filipinas

RURAL | Aumento nas exportações gaúchas acompanha tendência de diversificação dos mercados consumidores da proteína brasileira
Com 27,3 mil toneladas embarcadas em maio, o Rio Grande do Sul registrou um crescimento de 15,8% nas exportações de carne suína em relação ao mesmo mês de 2024. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (9) pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), em seu relatório mensal sobre o desempenho do setor.
O volume contabiliza todos os tipos de produtos, incluindo carne suína in natura e processada, e posiciona o estado como o segundo maior exportador do país, atrás apenas de Santa Catarina, que embarcou 59,6 mil toneladas (+8,7%). O Paraná aparece na sequência, com 19,2 mil toneladas exportadas (+28,9%).
Filipinas lideram compras e impulsionam resultado nacional
No cenário nacional, o Brasil exportou 118,7 mil toneladas de carne suína em maio, volume 13,7% superior ao do mesmo mês de 2024, quando foram embarcadas 104,4 mil toneladas. A receita gerada também apresentou forte alta: US$ 291,1 milhões, um salto de 29,3% em relação ao mesmo período do ano anterior (US$ 225,2 milhões).
As Filipinas foram o principal destino da carne suína brasileira, com 28,2 mil toneladas importadas — alta expressiva de 115% no comparativo anual. O país do sudeste asiático tem ampliado sua participação nas compras do produto brasileiro, movimento que reflete a reconfiguração do comércio exterior da proteína. A China, que historicamente liderava a demanda, importou 11,9 mil toneladas (-43%). Chile (10,9 mil toneladas, +21%), Singapura (8,3 mil toneladas, +7,1%) e Japão (8,2 mil toneladas, +60%) completam a lista dos principais compradores.
Segundo o presidente da ABPA, Ricardo Santin, a tendência é de continuidade no avanço da diversificação dos destinos:
“As Filipinas avançaram em sua posição como principal destino da carne suína do Brasil, e novos mercados ganharam protagonismo no ranking dos principais importadores do nosso produto. Houve significativo aumento da capilaridade das exportações e a expectativa é que esse fluxo siga elevado ao longo deste ano.”
Balanço do ano aponta desempenho sólido
Entre janeiro e maio, o Brasil exportou 584,8 mil toneladas de carne suína, crescimento de 15,4% em comparação com as 506,6 mil toneladas registradas no mesmo período de 2024. A receita no acumulado alcançou US$ 1,381 bilhão, representando alta de 29,8% sobre os US$ 1,064 bilhão obtidos no ano passado.