6 de dezembro de 2025

Felca expõe casos de sexualização infantil e pedofilia nas redes sociais em vídeo que já soma 13 milhões de visualizações

FELCA

BRASIL | Youtuber paranaense denuncia exploração de menores, ganância familiar e omissão das plataformas digitais

Postado na quarta-feira (6) no canal do youtuber paranaense Felca, o vídeo “Adultização” ultrapassou 13 milhões de visualizações até a manhã deste sábado (9). A produção de 49 minutos e 57 segundos traz um alerta sobre a sexualização precoce, a pornografia infantil, a pedofilia nas redes sociais e o abuso sexual de crianças. O conteúdo, que inicia de forma mais leve e termina com denúncias explícitas de crimes, contém aviso de gatilho.

Felca — nome artístico de Felipe Bressanim Pereira, de 27 anos, natural de Londrina (PR) — é conhecido pelo humor sarcástico. No entanto, desta vez adotou um tom sério, mesclado apenas com breves momentos de ironia. Logo no início, explica que o vídeo segue um formato de “funil”: começa abordando temas mais brandos, como a exposição de crianças em canais de “empreendedores mirins”, e avança até casos de exploração sexual.

O youtuber critica a monetização a qualquer custo e a participação de pais na exposição de filhos menores de idade. “A parada deixa de ser engraçada e se torna criminosa quando os pais envolvem os filhos nesse desespero por monetização”, afirma.

Entre os casos citados, está o de um canal infantil administrado por uma mãe que explorava a imagem da filha e o de Hytalo Santos, influenciador paraibano investigado pelo Ministério Público por exploração de menores. Segundo Felca, Santos transformou uma menina em “produto” desde os 12 anos, inserindo-a em contextos de danças sensuais, festas com adultos e interações amorosas.

O youtuber alerta que mesmo conteúdos considerados inocentes por famílias — como danças ou passeios na praia — podem ser distorcidos por predadores sexuais. Em outros casos, pais atendem a pedidos explícitos de internautas, produzindo material cada vez mais sugestivo. Felca cita ainda a venda de conteúdo explícito de menores em grupos VIP no Telegram.

Entre as consequências para vítimas de abuso sexual na infância, Felca lista transtornos mentais, comportamentos impulsivos, uso de substâncias, dificuldade em vínculos afetivos, baixa autoestima e risco de suicídio.

O produtor de conteúdo também faz um apelo para que pais verifiquem comentários suspeitos nas publicações dos filhos, como “trade” ou “troca”, além de GIFs e links — indícios de redes criminosas que compartilham pornografia infantil (CP, sigla em inglês para child porn).

Felca responsabiliza não apenas pais e responsáveis, mas também as próprias plataformas digitais, cobrando uso mais rigoroso de inteligência artificial para identificar e barrar material com teor pedófilo.

Coincidentemente ou não, nesta sexta-feira (8) a conta de Hytalo Santos saiu do ar no Instagram.

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