Governo do RS quer destravar barreiras sanitárias com a China

Mirando o mercado chinês de produtos de origem animal, o governo do Estado trabalha para destravar duas barreiras sanitárias. A primeira é em relação ao comércio de aves e a segunda é a venda de miúdos e ossos dos suínos. O tema foi, inclusive, abordado no RS Day em Pequim, que ocorreu no sábado, na capital chinesa.

A situação é diferenciada em cada um dos casos. A venda das aves foi interrompida após o registro de um caso da doença de Newscastle em junho. Desde então o governo do RS fez as medidas necessárias para garantir a segurança sanitária, porém, a China ainda mantém as restrições de compra.

“Temos mostrado que o episódio foi rapidamente controlado, que o foco foi um. E, não há, nas fazendas vizinhas, nenhum foco em área comercial”, explicou o secretário de Agricultura, Pecuária e Irrigação, Clair Kuhn. E o resultado já está aparecendo na participação do país na venda total do produto. Em 2023, a China comprou 66 mil toneladas de aves. Neste ano, até a restrição, em junho, foram 40 mil toneladas. O prejuízo não é maior porque o estado conquistou dois outros mercados (Filipinas e Chile).

O segundo ponto é o movimento do Estado para conseguir comercializar o suíno inteiro para a China. Atualmente, o comércio se restringe à carne. A ideia é poder comercializar ainda miúdos e outras partes do animal. O Estado está livre de vacinação contra a febre aftosa desde 2020. A China é grande compradora de carne suína sem osso. “Queremos vender também os miúdos e os pés (que tem alto consumo na China)”, afirmou ele.

Havia a expectativa é de que no G20, com a visita do presidente da China ao Brasil fosse assinado um protocolo de entendimento liberando a exportação, o que não ocorreu. “Nosso papel é ficarmos prontos”, enfatizou. A expectativa é grande porque hoje há 8 plantas autorizadas para a comercialização e o retorno financeiro seria de grande impacto.






Correio do Povo

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