26 de março de 2025

Guarda Costeira dos EUA divulga áudio que pode ter registrado implosão do submarino Titan

ocenatitan

SUBMARINO TITAN | Gravação captada a mais de 1.400 km do local do desastre pode confirmar momento exato da tragédia.

Autoridades norte-americanas divulgaram uma gravação que aparenta captar o momento exato da implosão do submarino Titan, ocorrido em junho de 2023, durante uma expedição aos destroços do Titanic. O incidente resultou na morte de cinco pessoas que estavam a bordo.

A embarcação, operada pela empresa OceanGate, desapareceu em 18 de junho de 2023, enquanto se dirigia ao local onde o Titanic afundou, no Oceano Atlântico, a quase 4 mil metros de profundidade. A gravação, captada por uma base localizada a mais de 1.400 km do local do colapso, foi divulgada na última sexta-feira (7) pela Guarda Costeira dos Estados Unidos.

O áudio, segundo as autoridades, apresenta um estrondo semelhante a um “trovão submarino”, seguido por um breve silêncio. As características sonoras coincidem com o momento estimado da implosão, reforçando a hipótese de que a gravação possa, de fato, ser um registro autêntico do ocorrido.

Investigação em andamento

Nesta quarta-feira (12), a Guarda Costeira informou que novas informações sobre o incidente devem ser divulgadas em breve. Um relatório final será publicado após a conclusão das investigações, que continuam em andamento.

Em setembro de 2023, depoimentos colhidos pelas autoridades indicaram que o submarino Titan já havia apresentado falhas técnicas poucos dias antes da expedição fatal. Um ex-diretor da OceanGate relatou que problemas estruturais foram identificados, mas a viagem foi mantida.

Relembre o caso

A expedição ao Titanic foi organizada pela OceanGate Expeditions, uma empresa de turismo submarino que cobrava US$ 250 mil (cerca de R$ 1,4 milhão) por passageiro. O submarino partiu de Newfoundland, no Canadá, em 16 de junho de 2023. Dois dias depois, iniciou sua descida ao fundo do oceano. O plano previa que a viagem até os destroços do Titanic durasse cerca de duas horas, mas a comunicação foi perdida após 1 hora e 45 minutos.

O Titan foi declarado desaparecido, mobilizando uma ampla operação de busca que repercutiu globalmente. Inicialmente, especulava-se que os tripulantes pudessem estar vivos, presos no fundo do mar com oxigênio limitado. Quatro dias depois, a Guarda Costeira dos EUA confirmou que o submarino havia implodido, eliminando qualquer possibilidade de sobreviventes.

As vítimas

Os cinco ocupantes do Titan foram:

  • Stockton Rush, diretor-executivo da OceanGate e piloto do submarino;
  • Shahzada Dawood, empresário paquistanês;
  • Suleman Dawood, filho de Shahzada;
  • Hamish Harding, bilionário e explorador britânico;
  • Paul-Henry Nargeolet, ex-comandante da Marinha Francesa e especialista no naufrágio do Titanic.

As investigações apontam que um dos fatores que pode ter contribuído para a implosão foi a exposição prolongada do submarino a condições adversas durante seu armazenamento, o que possivelmente deteriorou seu casco.

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