Incêndio no Taim segue fora do controle e pode superar marca histórica de queimadas na reserva
Pela primeira vez, desde o começo do fogo na Estação Ecológica do Taim, na tarde de segunda-feira (12), brigadistas conseguiram chegar por terra ao foco do incêndio. A reserva fica no sul do Estado, entre Rio Grande e Santa Vitória do Palmar. Na manhã desta quinta-feira (15), 13 pessoas, entre brigadistas e voluntários, atuavam no combate às chamas. Um avião agrícola, de produtores da região, também auxilia nos trabalhos. O governo do Estado determinou o envio de reforços (leia mais abaixo). O fogo segue fora de controle, e a previsão é de que a área ultrapasse os 5,6 mil hectares queimados em 2013, até então o maior desastre na reserva, criada em 1986.
A atualização mais recente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que administra o Taim, estima, via imagens de satélite, uma área queimada de 2,5 mil hectares e uma linha de fogo de 10 quilômetros. Os números foram divulgados na noite de quarta-feira (14), mas, na prática, podem ser maiores.
— A gente acredita que já queimou bem mais. O combate no banhado é muito difícil. A tentativa é de reduzir ao máximo os impactos, mas eliminar o fogo é muito complicado. Tem áreas inacessíveis, onde o terreno não é adequado. O fogo pode parar com uma chuva ou acabar morrendo em alguma lagoa ou canal. A gente acredita que vá queimar mais que o incêndio de 2013 — afirma a chefe da Estação, Ana Carolina Canary.
Os prejuízos para fauna e flora do Taim ainda não foram mensurados. A Estação abriga cerca de 40 espécies de mamíferos e mais de 200 espécies de aves.


