Após conquistar 16 pontos em 18 possíveis nas últimas seis rodadas do Campeonato Brasileiro, o Inter não só habilitou-se a uma vaga na próxima edição da Libertadores, como deixou a sensação de que poderia ter ido ainda mais longe. O bom futebol e os resultados recentes mostram que, se a reação tivesse começado algumas rodadas antes, o time colorado poderia ter outros objetivos no restante da temporada. Ou seja, o título, que neste momento é apenas uma possibilidade matemática, poderia ser real se Roger Machado e Paulo Paixão tivessem chegado antes ao Beira-Rio.
De qualquer forma, o técnico está satisfeito com o momento do time e defende que os colorados precisam continuar acreditando no Inter. “Acho que temos que ser otimistas, sim. O que estamos fazendo gera otimismo, e vamos nos abastecer dele. O problema é deixarmos de entender o porquê da sorte ter mudado para nós, por que os jogadores que estavam em um mau momento passaram a jogar bem”, explica.
Após a vitória por 3 a 1 sobre o São Paulo, no domingo, no Morumbi, o técnico e seus comandados ficaram próximos de alcançar o objetivo. Em aproveitamento, o Inter está em quinto lugar, junto com o São Paulo, ambos com 54%. Em pontos, o Inter segue na oitava posição, mas agora está apenas um ponto atrás de Bahia e Cruzeiro, que estão logo acima. Portanto, vencendo o jogo atrasado contra o Bragantino, amanhã, no estádio Nabi Abi Chedid, o time ultrapassaria dois concorrentes diretos e entraria no G-6 antes da disputa da 28ª rodada, no final de semana. Ainda com dois jogos a menos, o Inter soma 41 pontos na tabela. Após a partida contra o São Paulo, a delegação colorada não voltou para Porto Alegre. Ao invés disso, seguiu para Atibaia, onde ficará concentrada até amanhã. Para o jogo contra o Bragantino, Roger contará com a volta de Gabriel Carvalho, que cumpriu suspensão pelo terceiro cartão amarelo, mas perdeu Mercado, que deixou o gramado no domingo com uma grave lesão no joelho. O zagueiro deverá ser substituído novamente por Rogel, que já entrou na partida do Morumbi. A princípio, essa deve ser a única alteração.
Logo após a partida diante dos paulistas, o técnico também disse que procurou manter os pontos positivos da equipe montada por Eduardo Coudet, mas ajustou-a ao seu estilo. Ele destacou que os jogadores evoluíram fisicamente nas últimas semanas, permitindo que executassem as funções determinadas por ele em campo, e que, para seguir melhorando, é necessário manter o ritmo de trabalho. Também mencionou que ajustou o sistema ofensivo sem perder a solidez defensiva, que foi o ponto forte do Inter durante todo o ano.
“O que trouxe esses atletas até aqui foi justamente a mobilização em torno de uma ideia e, mais do que isso, o trabalho. Muito volume, intensidade, pressão e organização. Foi isso que fez a boa fase voltar e as individualidades aparecerem novamente. Estamos otimistas, sim, e precisamos lembrar qual foi o caminho que nos trouxe até aqui para poder seguir. É todo mundo competindo por um prato de comida”, ensina Roger.
Correio do Povo