Justiça aceita denúncia contra homem por pornografia infantil e apologia ao nazismo em Porto Alegre
MINISTÉRIO PÚBLICO | Acusado também promovia ódio racial e fazia referência à Ku Klux Klan, segundo o orgão
A Justiça gaúcha aceitou nesta quarta-feira (16) a denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) contra um homem investigado por armazenar e distribuir material com cenas de sexo explícito envolvendo crianças e adolescentes, além de promover apologia ao nazismo e incitar o ódio racial. O caso ocorreu em Porto Alegre.
De acordo com a promotora de Justiça Anelise Haertel Grehs, o acusado mantinha fotografias e montagens pornográficas infantis em dispositivos eletrônicos, caracterizando crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Ele também é acusado de incitar discriminação e preconceito por raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.
Durante o cumprimento de mandado judicial, policiais civis apreenderam o celular do homem, onde foram encontradas mensagens e imagens com referências à Ku Klux Klan, organização supremacista branca dos Estados Unidos.
A denúncia aponta ainda que o investigado fabricou, distribuiu e veiculou símbolos nazistas, como a cruz suástica, por meio das redes sociais e da internet, com o claro objetivo de divulgar o ideário neonazista. Em sua residência, foram encontradas bandeiras com emblemas nazistas confeccionadas em cartolina.
O acusado está preso preventivamente em Porto Alegre. A Justiça agora dará seguimento ao processo criminal, que poderá culminar em condenações por crimes previstos tanto na legislação penal comum quanto em leis específicas contra o racismo e o abuso infantil.

