Lideranças do PT expressam receio de que Lula não dispute a Presidência em 2026

Alguns membros da alta cúpula do Partido dos Trabalhadores (PT) avaliam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode desistir de concorrer à presidência da República em 2026, caso sua popularidade e a aprovação do governo não deem a ele segurança para buscar a reeleição, segundo reportagem da Folha de S.Paulo.

A preocupação entre lideranças do PT é que o presidente conclua que encerrar sua carreira eleitoral com a vitória de 2022 seria a melhor escolha, evitando o risco de uma derrota em sua possível última disputa presidencial. Caso isso aconteça, dificilmente ele teria uma nova oportunidade de revanche em 2030, quando teria 85 anos e encerraria o mandato próximo dos 90.

Entretanto, a expectativa é de que a pressão para que Lula se candidate em 2026 será imensa, mesmo diante do risco de derrota. Isso porque, diz o jornal, o PT e, mais amplamente, o campo da esquerda, apresentam uma “lulodependência”, uma vez que não há outra liderança com a mesma força capaz de mobilizar milhões de votos.


Marinho



Nessa quinta-feira (31), o ministro do Trabalho e Emprego Luiz Marinho afirmou que o presidente Lula será candidato nas eleições presidenciais de 2026.

Na visão de Marinho, trata-se de uma especulação. “Fofocas pululam. É fake essa história da possibilidade de @Lulaoficial não concorrer em 2026. Lula é candidatíssimo, e vamos renovar seu mandato para recuperar o tempo perdido pelo Brasil entre 2016 e 2022, seguindo, por exemplo, gerando empregos e oportunidades”, afirmou o petista no X (ex-Twitter).

O presidente não negou a possibilidade de não concorrer, em entrevista à Rádio Itatiaia na última terça (29). Questionado sobre o pleito futuro, Lula afirmou que tudo depende da conjuntura das próximas eleições.

“Eu sou um jovem de 78 anos de idade. Me considero em pleno estado de saúde, eu tenho muita força física, eu tenho muita capacidade de trabalho, mas eu não vou levar o povo brasileiro a cometer um erro”, disse Lula.

“Nós temos muita gente pra ser candidato, não precisa ser eu […] Se todos os indicadores mostrarem que eu sou a única pessoa pra derrotar o fascismo e a extrema direita, eu não terei problema de ser candidato. Mas eu espero que a gente atenda a uma outra pessoa mais competente, mais jovem, com mais disposição”, completou o presidente.

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