Mais de 10 mil mulheres são incluídas no Programa Patrulha Maria da Penha em 2025

PATRULHA MARIA DA PENHA | Ações da Brigada Militar reforçam proteção e ampliam rede de enfrentamento à violência contra a mulher no RS
A Brigada Militar do Rio Grande do Sul incluiu, somente em 2025, um total de 10.961 mulheres vítimas de violência doméstica no Programa Patrulha Maria da Penha. Destas, 1.418 já recebem acompanhamento direto, que garante mais segurança ao monitorar o cumprimento das medidas protetivas impostas aos agressores.
Uma das beneficiadas relatou o alívio ao receber o apoio da Brigada:
“Quando a Patrulha começou a vir, me entregou o dispositivo e me explicou que ele é monitorado 24 horas, assim como eu. Fiquei tranquila. Se ele der qualquer passo na minha direção, a Brigada Militar vai estar sabendo. É como se me devolvesse a liberdade”, afirmou.

Ao longo deste ano, o programa já realizou 21.595 visitas às vítimas, promoveu 176 palestras informativas e efetuou 75 prisões por descumprimento das medidas protetivas. Desde sua criação, em 2012, a Patrulha Maria da Penha acumula números expressivos:
- 202.920 vítimas cadastradas
- 400.126 visitas realizadas
- 2.319 palestras preventivas
- 1.911 prisões por desrespeito à decisão judicial
Capacitação permanente e expansão
O sucesso do programa está diretamente ligado à qualificação dos policiais militares. Desde sua criação, os efetivos envolvidos recebem capacitação específica. A partir de 2022, todos os novos policiais saem da formação já preparados para atuar em ocorrências de violência doméstica.
Segundo o coronel Márcio Luiz da Costa Limeira, chefe da PM3 do Estado-Maior da Brigada Militar e coordenador do Programa, a prioridade é alcançar as mulheres que ainda não têm esse acompanhamento.
“Seria importante saberem que o Estado tem condições de acolhê-las, por meio da Brigada Militar e do Programa Patrulha Maria da Penha. Em caso de urgência, o 190 deve ser acionado,” ressaltou.
Hoje, 62 Patrulhas Maria da Penha atuam em 114 municípios, com o envolvimento de 250 policiais. Em cidades com menor demanda, patrulhas comunitárias treinadas prestam o serviço de acompanhamento.
Rede de apoio ativa
Além das visitas de acompanhamento, a Patrulha Maria da Penha orienta as vítimas sobre medidas de segurança e encaminha informações ao Judiciário. O objetivo é fortalecer a rede de enfrentamento à violência doméstica em cada município.
O depoimento de uma das mulheres atendidas resume a importância do programa:
“Peço que as mulheres tenham coragem. Dói denunciar, mas dói muito mais apanhar, ficar quieta e ver que você podia não estar aqui hoje. Tomem coragem para denunciar e não aceitem nenhum desrespeito, nenhuma forma de violência.”