Ministério da Saúde fará nova antecipação para vacinação por alta de Covid-19 e dengue
O Ministério da Saúde planeja antecipar a vacinação contra a gripe devido ao aumento de casos de Covid-19 e dengue. Esta será a segunda vez que a pasta antecipa a vacinação. O anúncio foi feito pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, e divulgado pelo portal R7 na terça-feira, 5. Uma nota técnica com o cronograma detalhado será publicada hoje, 06.
Em 28 de fevereiro, o Ministério da Saúde já havia anunciado uma primeira antecipação da vacinação para 25 de março. Tradicionalmente, a vacinação é realizada em todo o Brasil entre os meses de abril e maio.
Além disso, o Ministério adquiriu todo o estoque disponível de vacinas contra a dengue do fabricante, totalizando 5,2 milhões de doses a serem entregues entre fevereiro e novembro de 2024. Também serão distribuídas 1,32 milhão de doses fornecidas sem custo ao governo federal. Para 2025, foram compradas 9 milhões de doses que estavam disponíveis. É importante ressaltar que novas aquisições podem ser feitas caso haja mais doses disponíveis.
Recursos emergenciais também foram destinados pelo Ministério da Saúde, com R$ 44 milhões para apoiar gestores locais que declararam emergência em saúde pública para o enfrentamento da dengue. Esse valor faz parte do total de R$ 1,5 bilhão reservado pela pasta para este fim.
Do montante, R$ 6,7 milhões foram para os estados, R$ 5,5 milhões para o Distrito Federal e R$ 31,7 milhões para os municípios. O apoio financeiro será destinado para medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública. Até o momento, Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal e 79 municípios desses e de outros estados já receberam o auxílio financeiro.
O Ministério pretende vacinar 75 milhões de pessoas contra o vírus influenza. A vacina pode ser administrada junto com outros imunizantes do Calendário Nacional de Vacinação.
Os grupos elegíveis para a vacinação contra a gripe incluem crianças de 6 meses a menores de 6 anos, crianças indígenas de 6 meses a menores de 9 anos, trabalhadores da saúde, gestantes, puérperas, professores dos ensinos básico e superior, povos indígenas, idosos com 60 anos ou mais, pessoas em situação de rua, profissionais das forças de segurança e de salvamento, profissionais das Forças Armadas, pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade), pessoas com deficiência permanente, caminhoneiros, trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso), trabalhadores portuários, funcionários do sistema prisional, população privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos).
As crianças que serão vacinadas pela primeira vez precisam tomar duas doses, com um intervalo de 30 dias.

