Ministro da Agricultura diz que Brasil não precisa mais de leilão de arroz, apenas incentivo à produção nacional

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse nesta quarta-feira (3) que o Brasil não deve, por enquanto, realizar novos leilões para importar arroz. A declaração foi dada em entrevista ao Em Ponto, na Globonews.


Ao longo do mês de maio, quando o Rio Grande do Sul foi devastado por enchentes, o governo federal anunciou que faria leilões para comprar arroz de outros países, já que o estado responde por 70% da produção. Na época, o RS já tinha colhido 80% da produção e associações afirmavam que não havia necessidade de trazer o produto de fora.


Mesmo assim, o governo seguiu com a decisão de importar, mas teve suas tentativas frustradas. O primeiro leilão, marcado para o dia 21 de maio, foi suspenso. Já o último, que aconteceu no dia 6 junho, foi anulado pelo governo federal após indícios de incapacidade técnica e financeira de algumas empresas vencedoras.


“Tivemos problemas, é fato, nós cancelamos esses leilões. Mas o fato real é que, com a sinalização de disponibilidade do governo de comprar arroz importado e abastecer o mercado brasileiro, além da volta da normalidade em estradas, os preços do arroz já cederam e voltamos aos preços normais”, disse.

Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, em foto do dia 9 de novembro de 2023. — Foto: Guilherme Martimon/MAPA

Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, em foto do dia 9 de novembro de 2023. — Foto: Guilherme Martimon/MAPA


“Já temos arroz, em algumas regiões do país, a R$ 19, R$20, R$ 23 e R$ 25, o pacote de cinco quilos, o que está dentro da normalidade. Então, me parece que é mais plausível nesse momento a gente monitorar o mercado, não havendo especulação, na minha avaliação não se faz necessário novos leilões”, acrescentou.


Segundo o ministro, o governo tem edital pronto e fará reunião com a Federação dos Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) e representantes da indústria nesta quarta.


“Vamos buscar alguns compromissos com eles, de estabilidade de preço, de logística e frete. Eles mesmos podem nos dizer um momento, se for necessária, alguma intervenção do governo. Por ora é mais prudente, já que os preços cederam, que a gente tome outras atitudes de estímulo à produção. Não se faz necessário novos leilões de importação”, completou.


O presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, também irá se reunir com o setor nesta quarta, bem como o Ministério do Desenvolvimento Agrário. A expectativa é de que seja assinado, no final do dia, um termo de compromisso e responsabilidade sobre os preços do arroz.


A Conab é uma estatal do Ministério da Agricultura responsável por gerir políticas agrícolas e o órgão que estava organizando os leilões de arroz.


Segundo apuração, pelo acordo costurado, a Conab vai monitorar o mercado e, onde houver problema de abastecimento, o setor se comprometerá a colocar mais produto no mercado para reduzir o preço.







g1

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