13 de dezembro de 2025

Mutirão no Tibiriçá elimina 97 focos do mosquito da dengue em Cachoeira do Sul

COMBATE A DENGUE

COMBATE A DENGUE | Ação vistoriou 222 imóveis e mobilizou servidores e estudantes de enfermagem na luta contra o Aedes aegypti

Uma força-tarefa envolvendo servidores das secretarias municipais da Saúde, do Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural percorreu 16 quarteirões do Bairro Tibiriçá, em Cachoeira do Sul, na tarde desta quinta-feira (5), durante mais uma edição do mutirão de combate à dengue. A ação, que integra o conjunto de medidas de controle vetorial no município, resultou na eliminação de 97 criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus.

A mobilização reuniu cerca de 20 pessoas, entre agentes comunitários de saúde, agentes de endemias e demais servidores públicos, além da participação de estudantes da Escola de Enfermagem do Hospital de Caridade e Beneficência (HCB), que reforçaram as frentes de trabalho em campo. A integração com instituições de ensino tem sido uma das estratégias adotadas pela Prefeitura para ampliar o alcance das ações e intensificar o contato com a comunidade.

Barreiras ainda dificultam vistorias

Apesar dos esforços, os agentes enfrentaram obstáculos durante as visitas domiciliares: 117 imóveis estavam fechados no momento da abordagem e, em outros 18 casos, os moradores se recusaram a permitir a entrada das equipes. A limitação no acesso a determinadas residências tem sido um desafio recorrente e compromete o rastreamento de focos do mosquito em áreas residenciais.

A Secretaria da Saúde destaca que a colaboração da população é indispensável para que o trabalho de eliminação de criadouros tenha o efeito esperado. “Cada casa inacessível é uma oportunidade a mais para o mosquito continuar circulando e se reproduzindo”, alertou a secretária Camila Barreto.

Ações educativas e orientações preventivas

Durante os contatos com os moradores, os agentes enfatizaram os cuidados essenciais que devem ser adotados para evitar a proliferação do mosquito, com foco especial na eliminação de recipientes que acumulam água, como vasos, pneus, garrafas, lonas e móveis inutilizados. Além do diálogo direto com os residentes, a ação contou com a distribuição de material impresso com orientações práticas de prevenção e identificação de sintomas da doença.

Um dos alertas mais reforçados foi a necessidade de buscar atendimento médico imediato ao surgirem os primeiros sinais de dengue, como febre alta, dores no corpo, cansaço, manchas vermelhas e náuseas. A recomendação visa prevenir o agravamento do quadro clínico e evitar complicações, principalmente entre idosos, gestantes e pessoas com comorbidades.

Dengue exige ação integrada

De acordo com a bióloga da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Rosinele Perez, a eliminação de criadouros é a medida mais eficaz para romper o ciclo de vida do Aedes aegypti. Ela explica que os dados levantados durante os mutirões e visitas de rotina são fundamentais para embasar as decisões da Diretoria de Vigilâncias em Saúde (DVS), que organiza as estratégias de pulverização com inseticidas, educação em saúde e manejo ambiental.

“A dengue é um problema que exige ação integrada entre o poder público e a população. Pequenas atitudes individuais e regulares têm grande impacto no controle da doença. É aí que entra o papel de cada morador ao fazer da sua casa um espaço seguro para si, sua família e a vizinhança”, destacou a secretária Camila Barreto.

Cenário epidemiológico é preocupante

Conforme o painel estadual atualizado nesta sexta-feira (6), Cachoeira do Sul contabiliza 1.104 casos confirmados de dengue em 2025. Além disso, há 1.192 casos suspeitos sob investigação. O município já registra quatro mortes pela doença neste ano, todas envolvendo pacientes idosos, o que reforça a gravidade da situação e a urgência nas ações preventivas.

A SMS segue com as atividades de vistoria, educação e orientação em bairros com maior incidência, e novas ações de pulverização estão sendo organizadas conforme os dados obtidos nas visitas.


Resumo do mutirão no Tibiriçá

  • Quarteirões vistoriados: 16
  • Imóveis visitados: 222
  • Imóveis fechados (sem acesso): 117
  • Recusas de acesso: 18
  • Focos eliminados: 97

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