O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta 4ª feira (16.nov), que o Brasil está pronto para receber a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP) em 2025. Em participação no evento Carta da Amazônia, no Egito, o petista afirmou que irá conversar com o secretário-geral da ONU, António Guterres, para realizar o evento na Amazônia.
“Na Amazônia tem dois estados para receber qualquer evento internacional: Amazonas e Pará. Então, vocês vão discutir entre vocês quem tem a melhor infraestrutura para receber as milhares de pessoas que irão se dirigir ao estado. Eu acho muito importante que [a COP] seja na Amazônia. Eu acho muito importante que as pessoas que defendem o clima conheçam de perto o que é aquela região”, disse Lula.
Durante a declaração, o presidente eleito afirmou ainda que criará um ministério voltado aos povos originários do Brasil, para que grupos como indígenas e quilombolas recebam cidadania. Falando sobre medidas para conter o desmatamento e os garimpos ilegais na Amazônia, Lula reforçou que “tudo será conversado” com os governadores e prefeitos, sempre visando preservar a biodiversidade da Amazônia.
“Não temos que medir esforços para convencer as pessoas de que uma árvore em pé, uma árvore viva, serve mais do que uma árvore derrubada”, frisou o petista.
Além da equipe de Lula, participaram do evento os governadores do Amapá, Acre, Mato Grosso, Pará, Tocantins e Rondônia. Juntos, eles entregaram a “Carta pela Amazônia”, reafirmando o compromisso e cooperação em favor das políticas orientadas à conservação e ao desenvolvimento sustentável da região. “A urgência colocada pela emergência climática exige, igualmente, urgência na busca de soluções”, afirmaram.
Ainda nesta 4ª feira, às 12h15 (horário de Brasília), Lula discursa na conferência da ONU. No dia seguinte, o político deve se encontrar com representantes da sociedade civil brasileira e com o Fórum Internacional dos Povos Indígenas/Fórum dos Povos sobre Mudança Climática. Já na 6ª feira (18.nov), o presidente eleito embarca para Portugal.
