PIB do Rio Grande do Sul registra queda

A estiagem afetou PIB Produto Interno Bruto) do Rio Grande do Sul, que caiu no segundo trimestre.
Os resultados referentes ao segundo trimestre do ano foram divulgados nesta segunda-feira 19) pelo Departamento de Economia e Estatística, vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão DEE/SPGG).
A economia gaúcha registrou queda de 3,5% no segundo trimestre de 2022 em relação ao primeiro trimestre, na série com ajuste sazonal.
Quando a comparação é feita com o segundo trimestre de 2021, os dados do PIB Produto Interno Bruto) mostram uma retração de 11,5%.
De acordo com o governo do Rio Grande do Sul. Entre os três grandes segmentos da economia, a agropecuária, que sofreu com efeitos da estiagem no período, foi a principal responsável pela queda nos números tanto na base trimestral quanto na comparação de seis meses do ano.
Fortemente afetado pela estiagem, o setor agropecuário apresentou queda de 38,3% no segundo trimestre em relação ao primeiro e de 65,6% quando comparado com o período de abril a junho de 2021, pior resultado para o setor desde o início da série histórica, em 2002.
A produção de soja, por exemplo, caiu 54,3%. Também sofreram redução expressiva, em relação a igual trimestre de 2021, arroz -31,6% e milho -9,8%.
Com exceção da agropecuária, os demais segmentos da economia apresentaram resultados superiores ao do país na comparação com o primeiro trimestre de 2022.
A indústria apresentou alta de 3%, na série com ajuste sazonal – resultado puxado pelas áreas de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana 18,4% e construção 4,3%, enquanto a indústria de transformação, a mais significativa da
economia gaúcha, obteve alta de 1,7%.
Nos serviços, o crescimento no Estado foi de 1,6%, impulsionado pelo comércio 6,9%.

Comparação
Quando a comparação é feita com o mesmo período do ano passado, a indústria manteve-se como destaque positivo, com alta de 7,3%.
Os setores de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana 18,1% e construção 10,6% sustentaram a elevação, enquanto a indústria de transformação registrou alta de 4,5%.
Entre as principais atividades industriais do Rio Grande do Sul, veículos automotores, reboques e carrocerias 42,2% e máquinas e equipamentos 15,6% ocuparam a liderança do ranking de crescimento, enquanto produtos químicos -22,5% e móveis -15,1% obtiveram as maiores baixas.
No segmento de serviços, a alta em relação ao segundo trimestre de 2021 foi de 3,8%. Entre as principais influências positivas ficaram o comércio 5,1%, outros serviços 11,1% e serviços de informação 6,7%; enquanto na outra ponta
estiveram as atividades de intermediação financeira e seguros -2,6% e de administração, educação e saúde públicas -0,7%.
Especificamente no segmento do comércio, seis das 10 atividades avaliadas apresentaram alta, com destaque para hipermercados e supermercados 7,4%, combustíveis e lubrificantes 16,4% e tecidos, vestuários e calçados 12,8%.
Material de construção -17,1%, comércio de veículos -12,2% e equipamentos e materiais de escritório, informática e comunicação -38,4% registraram quedas.
No acumulado do primeiro semestre de 2022, a queda no PIB do Estado foi de 8,4%. No acumulado em quatro trimestres, o PIB gaúcho apresentou queda 2,4%.


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