4 de dezembro de 2025
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População denuncia o descaso com a Ponte de Pedra, marco histórico do Rio Grande do Sul, tomada pelo mato e esquecida pelas autoridades.

A Ponte de Pedra, localizada no interior de Cachoeira do Sul, ganhou uma nova placa de identificação em 11 de dezembro de 2024. Contudo, menos de 15 dias após a instalação, moradores e visitantes relataram a situação de abandono do local, enviando imagens que mostram o mato crescendo ao redor da estrutura histórica e até cobrindo a placa recém-colocada.

Patrimônio histórico e cultural negligenciado

Construída entre 1847 e 1848, a Ponte de Pedra é um marco do patrimônio histórico e cultural do Rio Grande do Sul. Ela foi inventariada em 1989 e tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (IPHAE) em 2013. Sua localização sobre o Rio Botucaraí, no interior do município, fazia dela um ponto estratégico para o trânsito entre Cachoeira do Sul, Rio Pardo e Porto Alegre, fomentando o comércio e a comunicação regional.

Projetada com três arcos de pedra, foi a primeira ponte desse tipo construída no estado. Hoje, a estrutura encontra-se coberta pelo mato, evidenciando a falta de manutenção.

População questiona medidas insuficientes

A população local questiona a efetividade das ações voltadas para a preservação do patrimônio. “De que adianta colocar uma placa nova se a ponte está completamente abandonada?”, indaga um morador. A situação reflete não apenas o descaso com a preservação do patrimônio histórico, mas também a falta de valorização de um símbolo que representa o desenvolvimento econômico e cultural do município no século XIX.


“Olha só como está a nossa Ponte de Pedra. Tomada pela macega. Estrada horrível estreita, 05 lugares com buracos cheios de água. Dá estrada principal até a ponte são 2 km sem conservação. Como alavancar turismo deste jeito”. Vilnei Herbstrith (Jornalista)

A importância da preservação histórica

A Ponte de Pedra é um dos marcos históricos mais importantes de Cachoeira do Sul e do Rio Grande do Sul, representando o pioneirismo em engenharia no estado. O abandono não apenas coloca em risco a estrutura, mas também a história que ela carrega, apagando um capítulo essencial da identidade regional.

Cobrança por ações concretas

Os moradores pedem uma resposta efetiva das autoridades para que a ponte receba a manutenção necessária, preservando seu valor histórico e cultural. Sem ações concretas, o risco de degradação completa aumenta, privando futuras gerações de conhecerem esse importante monumento.





Fotos: Reprodução Vilnei Herbstrith

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