A prefeita Angela Schuh publicou nesta quarta-feira (08) o Decreto 036/2024, que declara situação de emergência nas áreas do Município afetadas por chuvas intensas que causaram eventos múltiplos como enxurradas e movimentação de massa.
Cachoeira do Sul registrou um total de 13 abrigos que atendem hoje a 147 famílias, o que representa 372 pessoas. Desses abrigos, 11 estão na área urbana e 2 no perímetro rural. Além disso, há outras 859 famílias alojadas na casa de familiares e amigos, o que representa 2.446 pessoas. A Defesa Civil ainda recebeu o registro de 15 pessoas feridas.
Conforme os laudos, foi registrado ainda 429,4mm de chuva entre os dias 29 de abril e 5 de maio, elevando o nível do Rio Jacuí de 18,68m em 29 de abril, chegando a cota de 28,48m em 4 de abril, marcando a maior inundação da história do Município, deixando o mesmo isolado, pois os acessos via rodovias ou vias vicinais ficaram submersos pelas águas.
Conforme os registros, 1.006 casas foram atingidas e não se consegue afirmar neste momento o grau de comprometimento das estruturas, estimando-se neste momento um prejuízo de pelo menos R$ 2.012.000,00. Também não se consegue mensurar a quantidade de pontes e pontilhões danificados/e ou destruído por ainda encontram-se submersos. Hoje o Município tem cerca de 59 pontes e pontilhões submersos. Junto com os da zona urbana que também foram afetados, estima-se que para restabelecimento e reconstrução destas estruturas seja necessário em torno de R$ 8.700.000,00 Somando todos os prejuízos apresentados formalmente a Defesa Civil e com o agravamento da situação do Cemitério das Irmandades, a estimativa de danos estruturais em Cachoeira do Sul chega a R$ 31.483.500,00
Na agricultura os prejuízos também são grandes. Os produtores de soja são os maiores afetados, contabilizando um prejuízo de R$ 230.189.112,00. Juntos com as perdas na produção leiteira, gado de corte, hortaliças, milho e arroz, o levantamento inicial da Emater já contabiliza um prejuízo de R$ 321.601.837,28.
Texto e foto: Patricia Miranda