6 de dezembro de 2025

Prefeitura x Calçados Jacob de Cachoeira do Sul: Impasse no Desenvolvimento Econômico

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Por Francis Soares, Rede Fan de Comunicações

Cachoeira do Sul, um polo industrial em constante movimento, enfrenta um impasse intrigante envolvendo a renomada empresa Calçados Jacob e as autoridades locais. O cenário surge após o encerramento das operações de produção da Calçados Jacob em novembro de 2023, deixando uma série de desafios para a comunidade e para a economia local.

CONHEÇA O CASO:

A Calçados Jacob, com sua história de contribuição desde 2010, busca retomar as operações de produção em parceria com uma empresa parceira, com o ambicioso objetivo de produzir 4 mil pares de calçados por dia, o que poderia gerar cerca de 300 novos empregos no município. No entanto, essa iniciativa enfrenta obstáculos impostos pela Prefeitura e pelo Conselho do PRODIC.

Um dos principais pontos de discórdia é o futuro do prédio atualmente ocupado pela Calçados Jacob. Apesar dos investimentos em melhorias no local, incluindo a construção de um prédio avaliado em R$ 4,9 milhões, a Prefeitura expressa interesse em retomar o espaço para outros propósitos, gerando um impasse que impacta diretamente a geração de empregos e o desenvolvimento econômico do munícipio. Buscando uma solução para o problema, o empresário proprietário da Calçados Jacob, Romeu Ferrari acompanhado do Gerente da filial 11 de Cachoeira do Sul, Élio Felix, estiveram na prefeitura no dia 24 de janeiro, quando foram atendidos prontamente pela secretária de indústria e comério Vanessa Csaszars e o diretor da pasta Rafael Quadros, para resolver a situação, na oportunidade a prefeita Angela não os recebeu, retornando aos mesmos somente no dia posterior por video chamada no whatsapp.

Durante uma videochamada entre o empresário Romeu Ferrari e a prefeita Angela Schumacher no dia 25 de janeiro, na tentativa do empresario em manter o incentivo do PRODIC, que é somente o uso do local onde a empresa encontra-se situada, já que a prefeitura nunca concedeu incentivos fiscais a empresa, ficou acordado que a Prefeita daria uma resposta até o dia 15 de fevereiro de 2024, mas a Rádio Cachoeira com o Jornalista Francis Soares foi atras da informações e entrevistou a Secretária de industria e comercio Vanessa Csaszars que informou que a prefeitura colaboraria para a realocação das operações da Calçados Jacob em outro terreno. Contudo, essa solução depende da doação de um terreno pelo Governo do Estado, o que adiciona uma camada extra de complexidade ao processo. Terreno o qual ficaria do outro lado da cidade, de onde a empresa se localiza atualmente, este ainda necessitaria de limpeza e terraplanagem para após ser construído um prédio para abrigar a empresa. Enquanto isso, o destino dos 15 funcionários remanescentes da empresa permanece incerto. O risco de desemprego para esses trabalhadores representa uma preocupação para as famílias envolvidas.

Vale destacar que, durante o encerramento das atividades de produção, a Calçados Jacob empregava cerca de 150 funcionários. Com o retorno planejado das operações, a empresa espera dobrar o número de colaboradores, gerando empregos adicionais e promovendo o crescimento econômico local.

EX-FUNCIONÁRIOS:

Além disso, a empresa está cumprindo rigorosamente um acordo sindical para o acerto de pagamento de todos os funcionários que foram exonerados no final do ano passado, demonstrando seu compromisso com o respeito aos direitos trabalhistas e à legislação vigente. A empresa também pretende recontratar os seus antigos trabalhadores interessados em retornar.

PRODIC:

A decisão do PRODIC que por votação em forma unanime decidiu de remover o benefício à empresa Calçados Jacob, devido ao encerramento das atividades de produção. Com a tentativa da empresa em retomar as atividades, o conselho se reuniu e manteve o resultado, o levanta questionamentos sobre o papel do órgão e da Prefeitura no estímulo ao desenvolvimento econômico local. Com tantas empresas encerrando as atividades no município, a inibição da retomada da Calçados Jacob parece contraditória e prejudicial ao progresso do município.

Além disso, uma das empresas interessadas no prédio, conforme a secretária, atualmente ocupado pela Calçados Jacob é uma ex-terceirizada da mesma, que atualmente é empresa terceirizada da Calçados Beira-Rio. Até março de 2022, a empresa era terceirizada da Calçados Jacob e atuava no prédio B da empresa, mas posteriormente foi realocada para outro local, onde está atualmente, após deixar a parceria com a Jacob. Segundo informações da Secretária de Indústria e Comércio, esta empresa conta com incentivo do PRODIC, incluindo o pagamento do aluguel do pavilhão que ocupa. A outra empresa interessada não foi divulgado mais dados.

As empresas as quais a prefeitura pretentem destinar o prédio da calçados Jacob conforme o projeto apresentado gerariam 40% menos vagas de empregos que o projeto da Jacob, o que agrava a decisão da prefeitura e do PRODIC, que inclui a Secretária de industria e comercio, Vanessa Csaszars e o diretor da pasta Rafael Quadros, como membros do conselho.

Diante desse impasse, é crucial que todas as partes envolvidas busquem soluções colaborativas e equitativas. A Rádio Cachoeira continuará acompanhando de perto essa situação em constante evolução, fornecendo atualizações regulares e promovendo o diálogo construtivo entre os interessados.

FATURAMENTO:

Estivemos visitando a empresa na tarde do dia 15 de fevereiro acompanhando como esta atualmente a ocupação do prédio e fomos informados que a empresa segue faturando seus calçados já produzidos, gerando impostos para a prefeitura, está previsto faturamento de cerca de 15.000 pares para esta sexta-feira 16 de fevereiro. O que corresponde a uma pequena parte do que ainda esta armazenado nos prédios, que em levantamente aproximasse de 80 mil pares, aguardando vendas.

Funcionários ativos:

Entrevistamos os funcionários que continuam trabalhando na empresa, os quais expressaram preocupação com a possibilidade de perderem seus empregos se a empresa Calçados Jacob for obrigada a desocupar as instalações atuais. Eles afirmaram confiar no bom senso da prefeita e acreditam que ela não permitirá que a empresa seja expulsa, pois isso resultaria em desemprego para eles.

PRODUÇÃO:

Como evidenciado durante a visita, todo o maquinário da empresa está atualmente nos prédios, posicionado nos lugares onde estavam quando as atividades de produção foram encerradas. A retomada das operações depende apenas da contratação de colaboradores. No entanto, para isso acontecer, é crucial o incentivo do PRODIC, que assegura a permanência da empresa no local.

OPINIÂO:

Em um momento de desafios e oportunidades, é crucial que a prefeitura e a empresa se unam em prol do desenvolvimento econômico de Cachoeira do Sul. A resolução deste impasse pode representar um passo crucial rumo a um futuro próspero e sustentável para todos os envolvidos. A permanência da Calçados Jacob pode beneficiar diretamente cerca de 300 famílias do município. No entanto, caso a empresa seja obrigada a se retirar e esperar por um novo local, o que pode levar mais de 3 anos para estar pronto, há o risco real de a empresa sair definitivamente do município. Isso poderia servir de exemplo desencorajador para outras empresas, que poderiam evitar investir na cidade com medo de enfrentar situações semelhantes. Além disso, a empresa teria que abandonar todas as melhorias e investimentos feitos no local, incluindo prédios avaliados em R$4,9 milhões. É fundamental encontrar uma solução que beneficie tanto a empresa quanto a comunidade, garantindo a continuidade das operações e o crescimento econômico sustentável da região.

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