16 de dezembro de 2025

Projeto de Asfaltamento na ERS-403 entre Rio Pardo e Cachoeira do Sul Sofre Atrasos Crônicos

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O aguardado projeto de asfaltamento da ERS-403, rodovia que conecta as cidades de Rio Pardo e Cachoeira do Sul, enfrenta a persistência de atrasos, gerando preocupação e transtornos para os moradores locais. Após mais de três décadas de espera, apenas uma parcela dos 62 quilômetros planejados para pavimentação foi concluída, deixando ainda 17 quilômetros sem asfalto, dos quais cinco têm bases preparadas e os restantes permanecem em condição de estrada de chão.

Durante uma inspeção realizada ao longo do percurso, diversas situações demandando atenção dos motoristas foram identificadas. Nos primeiros 18 quilômetros da ERS-403, o asfalto está presente, embora em alguns pontos existam remendos e sinalização precária. Entretanto, entre os quilômetros 15 e 18, uma empresa contratada pelo Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) realiza reparos e nova sinalização.

No entanto, ao atingir a Escola Estadual de Ensino Médio João Habekost, em Arroio das Pedras, a pavimentação cessa e a estrada de chão tem início. Nessa porção, os buracos são frequentes, exigindo uma navegação cuidadosa por parte dos condutores. Após esse trecho, estende-se uma extensão de 17 quilômetros sem asfalto, dos quais cinco já possuem as bases necessárias, enquanto os restantes permanecem sem pavimentação. O asfalto só reaparece na junção com a ERS-410, próxima à Cotriel, em direção a Candelária.

A presença de poeira tem sido um incômodo recorrente para os residentes próximos à rodovia, principalmente nas áreas onde as bases aguardam o asfaltamento. O revestimento de brita sobre a pista gera grandes nuvens de poeira branca durante a passagem de veículos, impactando a qualidade de vida dos moradores das localidades de Capão do Valo, Passo da Areia e Arroio das Pedras, especialmente para aqueles que dependem das vias para acessar cooperativas e fazendas.

Nilza Scherer, 68 anos, residente há 34 anos às margens da ERS-403, expressa sua frustração: “Sempre lidamos com poeira, mas agora, com essa poeira branca, não estamos aguentando”. Ela destaca as dificuldades diárias, como manter a casa fechada constantemente e até mesmo tarefas simples como secar roupas no varal tornaram-se problemáticas. “Eu lavo a frente da casa com a mangueira só para gastar água, porque no outro dia preciso fazer tudo de novo”, acrescenta.

O Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) afirma que o asfaltamento, com uma extensão prevista de 20,88 quilômetros, está em andamento. No entanto, a interrupção na Ponte do Fandango, em Cachoeira do Sul, gerou um aumento significativo no tráfego na ERS-403, demandando ajustes no contrato para uma troca de material asfáltico mais resistente. Além disso, períodos prolongados de chuvas também contribuíram para atrasos ou interrupções nos trabalhos.

Para garantir maior qualidade e durabilidade, está prevista a sobreposição de uma camada de asfalto frio de 1,2 centímetros com uma camada de asfalto quente de 5 centímetros. Até o momento, foram concluídos 16,3 quilômetros de terraplenagem, 10 quilômetros de base e 14,5 quilômetros de sub-base. Aproximadamente 5,7 quilômetros já receberam o asfaltamento. Contudo, o Daer não estabeleceu uma data definitiva para a conclusão dos trabalhos, deixando os moradores da região apreensivos diante da incerteza do término dessa importante obra viária.

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