Após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto na quarta-feira (22), o CEO da Uber, Dara Khosrowshahi, anunciou que a empresa destinará R$ 10 milhões para auxiliar motoristas do aplicativo que foram afetados pelas enchentes no Rio Grande do Sul. Cerca de 20 mil condutores cadastrados receberão R$ 500 cada.
Além do pacote de ajuda aos motoristas do Estado, a empresa afirmou que R$ 1 milhão será doado à Cufa (Central Única das Favelas), uma das ONGs que prestam apoio às vítimas das inundações no RS.
“Já tínhamos comunicado códigos promocionais para incentivar doações por meio de Uber Flash e criado um canal para doações ao governo do Rio Grande do Sul diretamente, mas era preciso fazer mais”, disse Khosrowshahi em comunicado divulgado pela empresa.
Os motoristas parceiros no RS terão, segundo a Uber, uma diminuição no número mínimo de viagens e devem receber um valor extra.
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, também esteve presente na reunião entre Lula e Khosrowshahi. O encontro aconteceu em meio à tentativa do governo de regulamentar a atividade de motoristas de aplicativo, com um projeto de lei que prevê a contribuição ao INSS, além de outros direitos, como pagamento mínimo por hora trabalhada e auxílio-maternidade.
Em fevereiro, o governo e aplicativos de transporte, como Uber e 99, chegaram a um acordo para garantir remuneração mínima e contribuição previdenciária para os motoristas. O consenso foi alcançado após dez meses de negociações entre as partes.
O acordo sobre a regulamentação do trabalho para essa categoria vale apenas para os aplicativos de “quatro rodas”, como chamam os negociadores, e não contempla os “apps de entregas” – caso de iFood e Rappi, entre outros.
O Sul