Trabalhadores cachoeirenses que atuam na unidade de Candelária, RS, estão denunciando a ocorrência de furtos aos seus pertences durante o intervalo de almoço. As queixas chegaram ao nosso canal de jornalismo, destacando uma série de incidentes que evidenciam falhas graves nas medidas de segurança da empresa e na resposta às reclamações dos funcionários.
Uma trabalhadora, que sai de Cachoeira do Sul todos os dias às 5h30 para cumprir sua jornada em Candelária, revelou ter notado a falta de dinheiro em sua bolsa fornecida pela empresa. A bolsa, transparente e sem zíper, é de uso obrigatório entre os funcionários, o que levanta preocupações em relação à privacidade e à segurança dos itens pessoais. Após perceber o sumiço de um valor em dinheiro, a funcionária decidiu realizar um teste, deixando uma quantia específica em sua bolsa antes de sair para o intervalo de almoço. Ao retornar, mais uma vez constatou que o valor havia sido subtraído. Ao compartilhar sua experiência com colegas, ela descobriu que outros trabalhadores enfrentaram situações semelhantes, inclusive um relato envolvendo o furto de um celular.
Segundo as vítimas, a resposta da empresa tem sido inadequada. No caso do celular furtado, a trabalhadora que sofreu o prejuízo procurou o RH para que fossem verificadas as imagens das câmeras de segurança, mas foi informada de que os equipamentos não estavam funcionando no momento do ocorrido. Sem qualquer compensação ou esforço por parte da empresa para resolver o problema, a funcionária optou por pedir demissão. O valor do aparelho furtado superava o seu salário mensal, e a sensação de impunidade contribuiu para sua decisão.
Essas denúncias expõem uma série de falhas graves na condução da empresa em relação ao bem-estar e à segurança de seus trabalhadores. A obrigatoriedade de uso de bolsas sem mecanismos de segurança, como zíperes, já representa uma violação da privacidade dos funcionários, enquanto a ausência de câmeras funcionais e a falta de respostas adequadas aos casos de furto agravam ainda mais a situação.
Os funcionários questionam a falta de comprometimento da empresa em proporcionar um ambiente de trabalho seguro. Embora a responsabilidade por garantir a segurança dos pertences pessoais não deva recair inteiramente sobre o empregador, a negligência em reparar o prejuízo dos trabalhadores ou em tomar medidas para evitar novos furtos gera descontentamento e desconfiança.
A ausência de medidas eficazes para enfrentar essa questão levanta dúvidas sobre o compromisso da empresa com seus funcionários, que, além de enfrentar longas jornadas e deslocamentos diários, estão sendo prejudicados pela falta de um ambiente de trabalho seguro e confiável.
O setor de jornalismo está aberto para receber mais relatos de trabalhadores e também esclarecimentos por parte da empresa. Para contato, o número disponível é (51) 99627-0785.