5 de dezembro de 2025

IPCA-15 desacelera para 0,36% em maio e acumula alta de 5,40% em 12 meses

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ECONOMIA | Transportes e artigos de residência puxam índice para baixo; remédios e roupas pressionam alta

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), prévia da inflação oficial do país, registrou alta de 0,36% em maio, conforme dados divulgados nesta terça-feira (27) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O resultado representa uma desaceleração de 0,07 ponto percentual em relação ao mês anterior, quando o índice foi de 0,43%.

No acumulado do ano, a inflação medida pelo IPCA-15 soma 2,80%. Já nos últimos 12 meses, o indicador acumula alta de 5,40%, abaixo dos 5,49% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em maio de 2024, o IPCA-15 havia sido de 0,44%.

Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, dois apresentaram deflação em maio: transportes (-0,29%) e artigos de residência (-0,07%). A maior contribuição negativa no grupo transportes veio da queda de 11,18% nas passagens aéreas. Também houve redução nos preços das tarifas de ônibus urbano (-1,24%).

Por outro lado, os principais focos de pressão inflacionária foram os grupos vestuário (0,92%), saúde e cuidados pessoais (0,91%) e habitação (0,67%).

No vestuário, houve aumentos expressivos em roupa feminina (1,56%), masculina (0,92%) e infantil (0,36%). Já no grupo saúde e cuidados pessoais, os produtos farmacêuticos subiram 1,93%, influenciados pelo reajuste autorizado de até 5,09% nos preços de medicamentos.

A energia elétrica residencial (1,68%) foi o principal impacto individual no índice, dentro do grupo habitação. A elevação está relacionada à adoção da bandeira tarifária amarela em maio, que adiciona R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos.

No grupo alimentação e bebidas (0,39%), a alimentação no domicílio desacelerou para 0,30%, com quedas importantes no tomate (-7,28%), arroz (-4,31%) e frutas (-1,64%). Em contrapartida, registraram alta a batata-inglesa (21,75%), a cebola (6,14%) e o café moído (4,82%).

A alimentação fora do domicílio também perdeu força, subindo 0,63% após registrar 0,77% em abril. Os preços de lanches subiram 0,84% (ante 1,23%) e os das refeições passaram de 0,50% para 0,49%.

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