Limite de peso na Ponte do Fandango em Cachoeira do Sul

Cachoeira do Sul, 25 de julho de 2024 — A Ponte do Fandango, em Cachoeira do Sul, tem sido motivo de preocupação e debate entre caminhoneiros e usuários do trânsito local. Apesar da sinalização que limita o peso a 18 toneladas, a realidade enfrentada diariamente é bem diferente. Veículos ficam retidos por um período significativo sobre a estrutura, frequentemente somando pesos que ultrapassam facilmente essa limitação, alcançando até 70 toneladas, segundo cálculos dos próprios caminhoneiros.


Os profissionais do transporte questionam a lógica por trás da proibição de passagem de bitrens e carretas LS, que são tipos específicos de caminhões. O bitrem consiste em uma carreta formada por dois semi-reboques unidos, enquanto a carreta LS é um caminhão com cavalo trucado, geralmente com dois eixos. Ambos os modelos são essenciais para o transporte de grandes cargas e possuem configurações que poderiam atravessar a ponte com segurança se fossem permitidos passar individualmente.


Atualmente, o tráfego na ponte funciona no sistema “pare e siga”, uma medida que visa controlar o fluxo e, teoricamente, o peso sobre a estrutura. No entanto, essa solução tem se mostrado ineficaz, já que a concentração de veículos na ponte frequentemente excede o limite estipulado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).


Uma audiência pública foi agendada para o dia 30 de julho na Câmara de Vereadores de Cachoeira do Sul para discutir essa questão. O vereador Marcelo Martins, conhecido como Marcelinho da Empresa, convocou o encontro e busca respostas e esclarecimentos do DNIT sobre a capacidade real da ponte e a lógica por trás das restrições impostas.


Marcelinho argumenta que uma solução prática e simples seria permitir a passagem individual de bitrens e carretas LS sobre a ponte, extinguindo-se o limite de peso total. Dessa forma, a quantidade de veículos simultaneamente sobre a ponte seria controlada, respeitando a capacidade estrutural da mesma e garantindo um fluxo mais eficiente e seguro.


A expectativa da comunidade é que o DNIT apresente justificativas claras e tecnicamente fundamentadas para a atual limitação de peso, assim como considerem as propostas alternativas apresentadas pelos usuários. É essencial que as autoridades responsáveis demonstrem comprometimento com a segurança e eficiência do trânsito na região, proporcionando soluções que atendam às necessidades práticas dos transportadores e da população local.

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