A tarde da última sexta, 2, foi marcada por uma manifestação pacífica de familiares de Tamiris Soares de Melo, de 18 anos, que foi morta a tiros no último dia 21, no local conhecido como Vila Maluca, ao lado do namorado Tales Junior Francisco da Silva, de 25.
A expectativa inicial era de que o protesto reuniria vários manifestantes, porém, por uma razão ou outra, acabou restrito à mãe e o padastro de Tamiris, além de duas crianças, uma das quais é filha da vítima. A manifestação pela avenida Amândio Silva chegou até o Fórum. Carregando um cartaz, a mãe registrou seu clamor por justiça: “Minha filha não morreu, foi assassinada”. O ato foi encerrado em frente ao Presídio Estadual de Candelária, onde o autor confesso do crime está preso.
Conforme a mãe de Tamiris, Adriana Soares, o objetivo da manifestação é para que o autor permaneça preso até o julgamento e não saia para aguardar o julgamento em liberdade. “Queremos justiça”, resumiu a mãe.
Na tarde do dia 1º, foi remetido ao Poder Judiciário o inquérito referente ao duplo homicídio do casal. Eles foram assassinados com tiros na cabeça por Anderson Leandro de Carvalho Soares, de 26 anos, ex-companheiro de Tamiris, com quem ela tinha um filho de 3 anos. Conforme as forças de segurança, o autor não aceitava o fim do relacionamento com a jovem, que estava em nova relação com Tales.
Anderson foi indiciado pelo delegado Tiago Bittencourt pelos crimes de feminicídio majorado pelo descumprimento de medida protetiva contra Tamiris e homicídio qualificado contra Tales, com as qualificadoras de motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima. Agora, o promotor Martin Albino Jora tem cinco dias para analisar o inquérito e oferecer denúncia ou pedir novas diligências