O Rio Grande do Sul registrou seu primeiro caso de encefalomielite equina em Barra do Quaraí, na Fronteira Oeste, anunciado na última sexta-feira (26). A doença viral, transmitida por mosquitos, afeta o sistema nervoso dos cavalos, apresentando sintomas como febre, conjuntivite, cegueira e incoordenação motora.
A situação já estava sob vigilância da Secretaria Estadual da Agricultura e da Superintendência Regional do Ministério da Agricultura, especialmente após casos confirmados da doença na Argentina e no Uruguai no final de 2023.
Até o momento, não foram impostas restrições a propriedades ou a eventos agropecuários no estado. Francisco Lopes, diretor-adjunto do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal, destacou que a doença não se transmite entre animais ou de equinos para humanos.
Proprietários de cavalos que identificarem sintomas suspeitos devem notificar imediatamente o Serviço Veterinário Oficial. Embora não exista um tratamento específico para a encefalomielite equina, vacinas preventivas estão disponíveis, embora não sejam obrigatórias nos protocolos sanitários atuais. Importante ressaltar que não é necessário o sacrifício dos animais afetados, visto que alguns podem se recuperar.
A prevenção da doença foca na redução da população de mosquitos transmissores. Apesar de ser classificada como zoonose, a transmissão para humanos não ocorre através do contato direto com equinos infectados.