Suspeita de matar grávida e roubar bebê em Porto Alegre é indiciada por homicídio e aborto

Foi concluído o inquérito sobre a morte de Paula Janaina Ferreira Melo, gravida que teve o bebê roubado do ventre, em Porto Alegre. Nesta segunda-feira, a Polícia Civil anunciou que a mulher de 42 anos foi indiciada por quatro crimes. Ela responderá por homicídio qualificado, aborto, dar parto alheio como próprio e ocultação de cadáver.

De acordo com o delegado Thiago Carrijo, que comandou a investigação, a suspeita foi a única indiciada. O marido dela, que inicialmente não havia sido descartado como suspeito, teria sido enganado pela mulher com uma falsa gravidez durante meses.

“Ela [a suspeita] tinha um biotipo mais corpulento, por isso que o marido acreditou na gravidez. Não identificamos outros suspeitos além dela”, disse Thiago Carrijo.

O delegado também ressaltou que nenhuma outra pessoa procurou a polícia para registrar ocorrências similares, ao contrário do que disseram alguns amigos e vizinhos da vítima. Na versão deles, antes de Paula, a suspeita teria planejado matar outras grávidas para roubar bebês.


A indiciada permanece em prisão preventiva na Penitenciária Feminina de Guaíba, na região Metropolitana. A defesa dela, representada pela advogada Sharla Rech, enviou nota em que diz aguardar que a denúncia seja oferecida para que os fatos possam ser avaliados com mais profundidade. O comunicado menciona também que há interesse da defesa para que o julgamento seja conduzido pelo Tribunal do Júri, reafirmando ainda a confiança na participação popular e no compromisso com um julgamento que respeite o devido processo legal e as garantias fundamentais.

A suspeita foi presa em flagrante, em 15 de outubro, em um hospital na zona Norte de Porto Alegre. Ela havia dado entrada ali com a criança de 9 meses após simular um parto. Ocorre que os médicos atestaram que a gravidez era falsa e a polícia foi acionada. Além disso, o bebê já havia chegado sem vida ao local.

Policiais encontraram o cadáver da vítima no apartamento da suspeita, escondido embaixo da cama e enrolado em plástico. O corpo tinha lesões na cabeça, gerados por um objeto contundente que não foi localizado.

De acordo com a investigação, Paula foi atraída ao apartamento sob promessas de que ganharia de presente um carrinho de bebê para transportar o filho Endrick, que tinha nascimento previsto para o início de novembro. Ainda conforme a investigação, não havia relação de amizade entre as duas antes do crime. Familiares da vítima contam que ela e a suspeita teriam feito contato através de redes sociais, em um grupo onde peças de enxoval eram anunciadas.





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