Cratera se expande na Rua Dionísio Marques e pode deixar dois bairros sem água potável

Há cerca de cinco meses, os moradores da Rua Dionísio Marques, no bairro São José, enfrentam um problema que parece estar longe de uma solução. Uma cratera, que se expande gradativamente, coloca em risco não apenas os residentes da área, mas também os transeuntes e motoristas que circulam pela via. Apesar de sinalizada com fitas de isolamento, a cratera representa um perigo crescente, e a inércia das autoridades agrava ainda mais a situação.
A secretária de Obras do município, Aline Machado, informou que o projeto para a recuperação da via ainda está em fase de planejamento. Somente após essa etapa, será aberta uma licitação para execução das obras. No entanto, enquanto isso não acontece, o risco persiste. Com a expansão da cratera, uma tubulação de água pertencente à Corsan/Aegea, já apresenta rachaduras e pode se romper a qualquer momento, ameaçando o abastecimento de água dos bairros São José e Ponte Verde.
Sinalização insuficiente e risco iminente
Embora as autoridades tenham sinalizado a área com fitas de isolamento, essa medida é insuficiente para conter o perigo. Quem observa a cratera de perto pode perceber que a borda superficial, embora pareça estável, esconde uma situação muito mais grave. A parte inferior da cratera, mais próxima das tubulações, está cedendo, o que coloca em risco qualquer veículo que se aventure a passar por lá. Superficialmente, a rua pode dar a impressão de segurança, mas essa impressão é apenas temporária.

Além disso, o tráfego intenso de ônibus e veículos agrava o risco de acidentes, aumentando a pressão sobre uma infraestrutura já comprometida. A cada dia que passa, sem uma solução efetiva, os moradores da Rua Dionísio Marques e os usuários da via convivem com a ameaça de serem tragados pela cratera.
Moradores à mercê da sorte
A situação é crítica, e a falta de ação imediata por parte das autoridades competentes evidencia uma negligência preocupante. Os moradores, que há meses denunciam o problema, seguem sem respostas concretas. A cada chuva, a cratera se expande, e o temor de um acidente maior cresce. O tempo está se esgotando, e o perigo de colapso da rua é uma questão de “quando”, e não de “se”.

Os moradores da Rua Dionísio Marques não pedem favores, mas sim o cumprimento de um direito básico: segurança e infraestrutura adequadas. Até quando as autoridades vão permitir que essa situação se arraste, colocando em risco a vida de tantas pessoas? A resposta, até agora, é um silêncio ensurdecedor.
Fotos/Reportagem: Francis Soares
